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0022 | II Série A - Número 003 | 08 de Maio de 2002

 

II.2 - Cenário macroeconómico revisto

Comparativamente às hipóteses referentes ao enquadramento internacional, subjacentes ao cenário macroeconómico do OE para 2002, elaborado em Novembro de 2001, constata-se:

- O enquadramento externo da área do euro é mais favorável face ao antecipado no Outono de 2001. Todavia, as economias europeias só deverão começar a reagir ao impulso da procura externa no final de 2002/início de 2003, pelo que, no conjunto do corrente ano se espera uma desaceleração do crescimento económico na UE15 e na área do euro;
- Como os mercados relevantes para o crescimento das exportações portuguesas se encontram na UE15, a procura externa dirigida às exportações nacionais deverá registar um crescimento modesto no corrente ano, esperando-se uma recuperação mais vigorosa somente em 2003;
- As previsões para as taxas de juro de curto prazo e o preço internacional do petróleo são ligeiramente mais altas.

A nível interno, a continuação do processo de ajustamento deverá traduzir-se num menor dinamismo da actividade económica nacional, com destaque para as componentes privadas da despesa interna. Os dados disponíveis sugerem uma evolução fraca do consumo privado em 2002. O investimento empresarial, por sua vez, deverá reflectir a desaceleração das exportações.
A actualização das hipóteses relativas ao enquadramento internacional juntamente com a avaliação da conjuntura no 1.º quadrimestre conduziram a novas projecções para a evolução da economia portuguesa que representam uma revisão em baixa do crescimento do PIB em 2002 face ao projectado em Novembro de 2001. Esta revisão foi também influenciada pela reavaliação de todas as componentes do PIB em 2001, em resultado da incorporação de informação entretanto disponibilizada para o conjunto do ano, como sejam os dados relativos ao comércio internacional e respectivos deflatores e a actualização de algumas das componentes do consumo público.

QUADRO 1. CENÁRIO MACROECONÓMICO

O ajustamento da economia deverá influenciar, no curto prazo, a dinâmica da procura interna. O aumento da poupança das famílias e a redução do défice orçamental constituem uma condição necessária para o processo de convergência real, numa base sustentada. A incerteza quanto ao vigor da retoma do crescimento europeu condiciona a previsão do crescimento real, estimado em 1 a 1,5%, correspondendo a uma revisão em baixa de 0,5 pontos percentuais face à previsão inicial.
Uma previsão mais realista para a taxa de inflação em 2002 reflecte essencialmente o comportamento dos preços dos bens não transaccionáveis no passado recente.
O quadro abaixo apresenta as estimativas e projecções das instituições nacionais e internacionais para a economia portuguesa.

QUADRO 2. PROJECÇÕES MACROECONÓMICAS PARA A ECONOMIA PORTUGUESA

Fonte: FMI, CE, OCDE e BP.