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80 | II Série A - Número: 107 | 9 de Julho de 2007

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II. CENÁRIO MACROECONÓMICO PARA 2008

As actuais projecções reflectem a informação estatística actualizada para a economia portuguesa e os dados mais recentes relativos à situação financeira das Administrações Públicas, designadamente, as Contas Nacionais Trimestrais e Anuais, as Contas das Administrações Públicas para 2005 e 2006 e a informação reportada na notificação de Março de 2007, no âmbito do Procedimento dos Défices Excessivos. Relativamente ao enquadramento internacional da economia, procedeu-se à revisão das hipóteses externas com base nas Previsões Intercalares de Fevereiro de 2007 da Comissão Europeia e do Fundo Monetário Internacional (World Economic Outlook, Abril 2007) (Quadro II.1).

Quadro II.1. Enquadramento Internacional – Principais Hipóteses

2006 2007 (e) 2008 (p) Procura externa (bens) (taxa de variação em volume) 8,4 7,0 6,7 Preço do petróleo (Brent, USD/barril) 65,1 64,1 65,0 IHPC da área do Euro (taxa de variação) 2,2 1,8 1,9 Taxa de câmbio efectiva nominal para Portugal (a) 0,2 0,5 0,1 Taxa de câmbio EUR/USD (média anual) 1,26 1,32 1,32 Taxa de juro de curto prazo (média anual, %) (b) 3,1 4,0 4,0 Taxa de juro de longo prazo (média anual, %) ( c) 3,9 4,3 4,4 Fontes: Comissão Europeia e Ministério das Finanças e da Administração Pública.
(a) Taxa de variação média anual, em % (variação positiva/negativa significa apreciação/depreciação do Euro); (b) Euribor a 3 meses; (c) Obrigações do Tesouro a 10 anos.
As taxas de juro de curto prazo (Euribor a 3 meses) e o preço do petróleo foram actualizados tendo em conta os dados do 1º trimestre bem como informação mais recente sobre futuros. Face às hipóteses formuladas no PEC, o preço do petróleo foi revisto ligeiramente em baixa em 2007 e 2008 (de 66,3 e 68 dólares/barril, respectivamente, para 64,1 e 65 dólares/barril). Por sua vez, as taxas de juro de curto prazo foram revistas em alta em 0,3 p.p. em 2007 e 0,4p.p. em 2008-2010.
Tendo em conta as perspectivas mais favoráveis das organizações internacionais sobre o crescimento económico em 2007 e 2008 nos principais parceiros comerciais de Portugal face às previsões de Outono de 2006, é expectável um crescimento da procura externa relevante para as exportações portuguesas ligeiramente superior à considerada no PEC (0,2 p.p. acima dos valores do PEC).
O crescimento económico em 2006 foi de 1,3%, 0,8 p.p. acima do crescimento observado em 2005 (Quadro II.2). A análise da evolução intra-anual confirma a tendência de recuperação: desde o quarto trimestre de 2005, que a actividade económica vem acelerando, embora a um ritmo ainda moderado, culminando, no último trimestre de 2006, com uma variação homóloga em volume já de 1,7%.