O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

6 | II Série A - Número: 062 | 12 de Janeiro de 2011

As Inquirições de 1258 mencionam a existência de grandes proprietários fidalgos locais (D. João Martins da Maia, D. Mem Soares de Melo, D. Maior Soares, D. Teresa Martins de Riba de Vizela) e que, na paróquia Eclesie Sancte Ovaye de Barrosis, existiam 58 casais divididos por mosteiros e por fidalgos, tendo o Rei D.
Sancho I criado o couto.
Nas Inquirições de 1288, é aludida a existência do couto da Água Levada, concedido por D. Afonso II a D.
Martins Fernandes de Riba de Vizela. É referido que na freguesia de Santa Eulália de Barrosas «há hi um couto per padrões que há de linhagem de D. Martim Fernândez de Riba de Avizella, e dizem as testemunhas que ouvirom dizer que o coutou el-rei D. Afonso (») a D. Martim Fernândez; e per razom deste couto levam os senhores dele serviços de homees da [do Mosteiro da] Costa (»)».
Nas Inquirições de D. Dinis, em 1307, é referida a casa mais nobre da freguesia — a Casa de Sá — que esteve ligada aos momentos mais significativos da História de Portugal, pois nela nasceram e foram criadas personalidades de grande prestígio, nomeadamente Francisco Joaquim Moreira de Sá, a quem se ficou a dever a primeira fábrica de papel produzido com massa de papel (a primeira da Europa), que veio a ser construída na Quinta da Cascalheira.
Paroquialmente, a igreja era o padroado do Mosteiro de Guimarães (ou da Costa) e o Prior deste mosteiro apresentava o cura ainda do século XVIII para o século XIX.
Administrativamente, Santa Eulália pertenceu ao termo de Guimarães e, em 1836, o liberalismo criou o concelho de Barrosas, de que Santa Eulália foi sede. Este foi um dos maiores concelhos do Pais, com muita importância política e social na região. No início da sua existência, com, aproximadamente, 6.272 habitantes, ficaram a pertencer ao concelho de Barrosas 49 freguesias, entre elas Idães, Lordelo, Rande, Regilde, Vizela (S. Jorge), Sernande, Unhão, Lustosa, Barrosas (St.º Estêvão), Barrosas (Santa Eulália) e Vizela (St.º Adrião), implicando a divisão de alguns concelhos e a extinção de outros, como foi o caso de Unhão, Felgueiras, Pombeiro e Lousada (alguns deles foram novamente instituídos). O concelho de Barrosas foi extinto, definitivamente, em 1855, passando esta freguesia, com a designação de Barrosas — Santa Eulália, ao concelho de Lousada.
No entanto, e porque aquela designação constituiu, durante alguns anos, motivo de perturbação, dando origem a inúmeros desencontros e confusões (nomeadamente ao nível da distribuição do correio), em virtude do topónimo comum de Barrosas — utilizado pela vizinha freguesia de Idães de Barrosas, Concelho de Felgueiras —, a Assembleia de Freguesia deliberou, por unanimidade, propor a alteração do nome da freguesia para, unicamente, Santa Eulália, nome da sua padroeira, suprimindo desta forma o vocábulo Barrosas, o que foi confirmado com a publicação a Lei n.º 24/2001, de 12 de Julho, que procedeu àquela alteração de denominação.
Até 19 de Março de 1998, esta povoação fez parte do concelho de Lousada, do qual se separou aquando da recriação do concelho de Vizela, pela Lei n.º 63/98, de 1 de Setembro, ao qual pertence, desde então.
Embora integrada, recentemente, na Região do Douro Litoral, esta povoação sempre foi, tipicamente, minhota, quer pelas suas características paisagísticas, quer pela alegria espontânea das suas gentes.

II – Caracterização geográfica e demográfica A povoação, e freguesia, de Santa Eulália insere-se no concelho de Vizela, confrontando a Norte com a freguesia de Caldas de Vizela (S. João), a Sul com as freguesias de Lustosa e Barrosas (Santo Estêvão), ambas do concelho de Lousada, a Nascente com a freguesia de Revinhade, concelho de Felgueiras, e a Poente com a freguesia de Vilarinho, concelho de Santo Tirso.
Nesta localidade, com uma área de 5,64 km2, habitam, segundo os dados mais recentes do Instituto Nacional de Estatística, aproximadamente, 6 100 habitantes, consumando uma densidade populacional de 1 081 hab/km2.
Em termos viários, existem vários eixos de grande relevância, nomeadamente, a Estrada Nacional 106 (Guimarães-Lousada), a Estrada Nacional 207-1 (EN 106-EN 101-3), a Estrada Nacional 101-3 e a Estrada e Caminho Municipais 1144, sendo, inclusivamente, atravessada pela Auto-Estrada A11, cujo acesso se situa a apenas 2 km desta freguesia.