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7 | II Série A - Número: 062 | 12 de Janeiro de 2011

III – Património Histórico-Cultural Do elenco patrimonial da povoação, e freguesia, de Santa Eulália, são de destacar, pela sua importância:

Casa de Sá Situada na Rua da Recta de Sá, a Casa de Sá encontra-se, actualmente, em vias de classificação, através de Despacho de 2 de Outubro de 1995. De estilo barroco abundante, foi, provavelmente, construída no século XVI, embora a sua fachada seja oitocentista. Posteriormente, no século XIX, terá sido criado também o amplo jardim romântico junto ao portal. É casa de planta rectangular compacta de volume simples de três pisos, sendo um deles amansardado, apresenta uma cobertura de quatro águas rematada ao centro por um mirante fechado com janelas, rematado por uma outra cobertura do mesmo tipo. A fachada principal orientada a Este está encaixada entre dois corpos mais destacados nos extremos, e é simétrica com um frontão elevado ao centro, onde se faz a entrada. A fachada das traseiras, com o mesmo tipo de articulação, é marcada no primeiro piso por varandas.
A definição de um terreiro trapezoidal exterior à Casa é feita com a parede da fachada principal da Capela e uma outra igual por onde se faz a entrada. Entre estas duas paredes ergue-se a sineira ladeada por duas pilastras. A ladear este espaço, dois muros encimados por ameias e pináculos onde se adossam dois volumes de apoio à Quinta.
A Quinta de Sá, além de ser um centro de produção agrícola, esteve ligada à actividade industrial, visto que um dos seus donos edificou nas proximidades do Rio Vizela uma grande fábrica de papel feita de vegetais.
Desta fábrica, destruída pelas invasões Francesas, apenas restam vestígios. Também nos finais do século XIX, um dos edifícios junto à eira servia para a criação de bichos-da-seda e instalação de teares.
Diversas gerações da casa engrandeceram o País na política, exército, literatura, música, entre outros.
Passaram por ela diversos refugiados políticos do tempo do Absolutismo e no Estado Novo. Por aqui, passaram também individualidades como Camilo Castelo Branco, José Régio, Bispo Trindade Salgueiro, os quais trocaram correspondência com os filhos desta casa.

Igreja de Santa Eulália Situada no Largo da Igreja, foi construída em 1724, mas só em 1844 é que viu ser construída a sua torre. É sabido que, no local onde está hoje erigida esta igreja, existiu, anteriormente, uma torre sineira. De estilo maneirista, poderão ser admirados no seu interior magníficos painéis de azulejos. No seu altar encontram-se ainda vestígios de arte barroca, sendo todo ele em ouro prateado, sobretudo no trono.
Nos painéis de azulejos expostos no interior, podem observar-se a representação da ―Última Ceia‖ e também o ―Milagre da Multiplicação dos Pães‖.

Capela de Nossa Senhora das Dores Esta capela, dedicada a Nossa Senhora das Dores, encontra-se na propriedade da Casa de Sá, em Santa Eulália. No seu interior, mais concretamente no chão da capela, estão sepultados alguns dos antepassados da Casa de Sá, entre eles, a poetisa Ana de Sá, uma das grandes poetisas do século XIX. Esta casa foi referenciada nos escritos de Camilo Castelo Branco, aquando das referências feitas a Vizela.

Capela de Nossa Senhora dos Milagres Esta capela, dedicada a Nossa Senhora dos Milagres, encontra-se localizada numa pequena elevação, junto à estrada, muito perto da fronteira de Santa Eulália com Vizela e no lugar dos Milagres. Está envolta em frondoso arvoredo e até é apetecível repousar um pouco à sua sombra, que é apetecível e espiritual. A capela é formada por uma só nave e um retábulo em talha, com colunas torsas e tendo ao centro uma imagem de Nossa Senhora dos Milagres.