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66 | II Série A - Número: 165 | 18 de Abril de 2012

Das quatro linhas originárias da primeira fase só a linha Verde não foi construída em toda a sua extensão.
As outras três linhas viram inclusivamente os trajetos originários alargados – até ao estádio do Dragão, no caso das linhas Azul e Vermelha, até a Santo Ovídio, a linha Amarela. A linha C–Verde, no entanto, iniciou a sua operação em 30 de julho de 2005, primeiro entre a estação de Campanhã e o Fórum da Maia – no centro desta cidade – e um pouco mais tarde, em 31 de maio de 2006, entre o centro urbano da Maia e o ISMAI, mais a Norte, ainda em território maiato, mas nunca mais arrancou a sua conclusão até ao centro da cidade da Trofa conforme o previsto originariamente e confirmado mais tarde, em 2007, quando da assinatura de um Memorando de Entendimento entre a o Governo e a Junta Metropolitana do Porto.
Entretanto, a empresa Metro do Porto, SA, chegou mesmo a avançar com a construção de uma nova linha que não integrava a primeira fase da rede, a linha E – Violeta, que passou a ligar o Aeroporto do Porto à linha Vermelha (na estação de Verdes), criando-se, a partir de 27 de maio de 2006, uma nova ligação entre o Estádio do Dragão, a Estação de Campanhã e o Aeroporto.
Mais recentemente, em 2 de janeiro de 2011, a atual rede do Sistema de Metro Ligeiro da Área Metropolitana do Porto foi alargada com a entrada em funcionamento da linha F – Laranja, entre a Senhora da Hora e Fânzeres (concelho de Gondomar), uma sexta linha que já fazia parte do conjunto de linhas originariamente previstas para a segunda fase da rede do Metro da Área Metropolitana do Porto.
Em suma, a linha da Trofa – isto é, a linha Verde (C) – que desde sempre fez parte da primeira fase da rede do Metro da Área Metropolitana do Porto, nunca foi construída na sua totalidade, não obstante os sucessivos compromissos assumidos – mas sempre adiados – com aquele Concelho e sua população. As populações situadas a norte do Instituto Superior da Maia (ISMAI), que deveriam já ter há muitos anos o serviço do metro do Porto, estão a ser defraudadas e positivamente enganadas há mais de 10 anos, quando lhes foi retirado o comboio que ligava a antiga estação ferroviária da Trindade, no centro do Porto, com a Trofa, com a promessa de que ―em breve‖ teriam o metro ligeiro se superfície a servi-las.
Foi precisamente em 24 de fevereiro de 2002 que foi encerrado o serviço ferroviário nas linhas da CP da Póvoa de Varzim e da Trofa para permitir a construção das linhas do metro no canal antes utilizado pelos comboios que ligavam a Estação da Trindade, na cidade do Porto, à Póvoa de Varzim e a mesma Estação à cidade da Trofa. Só que, enquanto no caso da ligação à Póvoa de Varzim, o compromisso foi cumprido e a linha Vermelha do metro passou a servir as populações da parte ocidental dos concelhos da Maia, de Vila do Conde e da Póvoa de Varzim, antes servidas pelo comboio, no caso da Trofa, a ligação do metro ficou-se pela estação do ISMAI, ainda no concelho da Maia.
Pode bem dizer-se que a população da Trofa ficou sem comboio há dez anos atrás, com a promessa pública de que passaria a ter o metro e agora, nem tem comboio, nem tem metro» Por isso, é uma questão ética e de justiça - para além de constituir a reconstituição de um serviço público de transportes coletivos que foi retirado às populações em 2002 – que seja concluída a linha Verde, completando-se assim a ligação entre o ISMAI e o centro da cidade da Trofa.
No entender do PCP e de muitos outros responsáveis, e igualmente da população da Trofa, para além das pessoas que vivem nas freguesias mais a Norte da Maia, a construção do prolongamento da linha C até ao centro da Trofa deve ser construída com a máxima urgência e deve integrar, de pleno direito, o conjunto de investimentos previstos na 2.ª fase da rede do metro do Porto, com prioridade no planeamento global de construção que vier a ser definido para essa segunda fase.

2. O Memorando de Entendimento entre o Governo e Junta Metropolitana confirma a ligação e o prolongamento da linha C até à Trofa A construção do prolongamento da linha C até à Trofa foi confirmada e novamente consagrada no Memorando de Entendimento subscrito entre o Governo e Junta Metropolitana do Porto, com o qual, aliás, infelizmente se concretizou a governamentalização da gestão da empresa Metro do Porto em prejuízo da posição maioritária que até aí estava justamente atribuída aos representantes do poder local e metropolitano.
O ponto 4 desse Memorando de Entendimento, subscrito em 21 de maio de 2007 entre o Governo da República e a Junta Metropolitana do Porto, respetivamente representados pelo então Ministro das Obras Públicas, Eng.º Mário Lino, e pelo Presidente da Câmara Municipal do Porto e da Junta Metropolitana do Porto, Dr. Rui Rio, enuncia o ―Programa de novos investimentos – 2.ª fase do Sistema de Metro Ligeiro do Porto‖ e diz, no seu ponto 4.1., que esta 2.ª fase ç constituída, entre outras linhas, pela ―Ligação ao concelho