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II SÉRIE-A — NÚMERO 157

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Resumo: Este relatório resumido é elaborado a partir de dados contidos no Crowdfunding Industry Report

que apresenta uma profunda análise das tendências de mercado e composição do financiamento colaborativo,

assim como uma visão geral das plataformas de financiamento colaborativo (CFP) explicando o seu

funcionamento e os diferentes modelos existentes.

O Crowdfunding Industry Report é baseado em dois tipos de dados: o Crowdfunding Industry Survey,

realizado pelo diretório Crowdsourcing.org, e outros relatórios de fontes fidedignas, por forma a traçar o perfil

global do universo do financiamento colaborativo. Apresentam-se os resultados de um inquérito com mais de

170 respostas de membros do diretório Crowdsourcing.org, o qual continha 452 plataformas ativas de

financiamento colaborativo no momento em que o inquérito foi realizado. Dentre estas, foram selecionadas

135 plataformas, por serem consideradas as mais abrangentes e de maior integridade. Foram recolhidos

dados relacionados com o volume, operações e componentes-chave das plataformas de financiamento

colaborativo, financiadores e angariadores de fundos em 2009, 2010 e 2011. O resultado da análise deste

conjunto de dados é apresentado neste relatório, que se encontra dividido em 4 secções, sendo que a primeira

dá uma visão geral da metodologia seguida na recolha e análise dos dados; a segunda faz a análise do

crescimento do mercado e da sua composição; a terceira dá uma visão geral da categorização dos modelos

de financiamento colaborativo; e a última procede a uma análise das propostas de valor, funcionalidades e

abordagens.

o Enquadramento do tema no plano da União Europeia

A Comissão Europeia declarou ter como objetivo a promoção do ambiente de negócios para as pequenas

e médias empresas (PME) e o empreendedorismo de sucesso.

Neste contexto, a 30 de abril último, o Comissário Europeu responsável pelo Mercado Interno e Serviços,

Michel Barnier, afirmou: “É muito cedo para saber se o crowdfunding vai revolucionar a finança e mesmo se

perdurará tal como existe hoje. Mas uma coisa é certa: se este fenómeno promissor cumprir as suas

promessas, a Europa não lhe pode passar ao lado”.

Neste âmbito, a Comissão Europeia (Direção-Geral para o Mercado Interno) promoveu, no passado dia 6

de junho, um workshop com vista a explorar as questões relacionadas com o crowdfunding, nomeadamente:

quais são os motores e os obstáculos ao seu desenvolvimento? Poderá o crowdfunding contribuir para o

financiamento das pequenas empresas e das start-ups? Como é que os projetos filantrópicos, artísticos ou de

vocação social utilizam o financiamento participativo? Quais são as vantagens e os inconvenientes no caso de

venda antecipada dos produtos? Qual é o desempenho dos empréstimos participativos (de pessoa para

pessoa) e dos investimentos de capital? Quais são as vantagens e os perigos? Como assegurar a integridade

destes modelos de financiamento participativo (crowdfunding) e proteger os contribuintes/investidores?

Esta jornada contou com a presença do Comissário Barnier, das Direções-Gerais do Mercado Interno e

Serviços e das Empresas e Indústria (start-ups) e de vários peritos na matéria. O debate decorreu ao longo de

quatro painéis:

Painel I – O crescimento do crowdfunding – impulsos e obstáculos

Na miríade do crowdfunding há uma infinidade de tipos de projetos (filantrópicos, artísticos, públicos,

inovadores, novas ideias de negócios) e uma grande variedade de modelos de financiamento, tais como

doações, contrapartidas, pré-vendas, ações, empréstimos. Quais são os fatores que estão a impulsionar o

crescimento do crowdfunding e quais são os obstáculos? Poderá o crowdfunding ajudar a preencher a lacuna

de financiamento disponível para as PME? Quais são as dificuldades ou limitações enfrentadas pelos

empresários no âmbito dos diferentes modelos de crowdfunding? Como comparar o crowdfunding com outras

formas de financiamento? Qual é o futuro de um projeto financiado através de crowdfunding?

Painel II - oportunidades e riscos dos modelos baseados em contrapartidas e dos modelos baseados na

participação nos lucros?

Quais são as oportunidades oferecidas pelo modelo crowdfunding baseado em contrapartidas e pelo

modelo de participação nos lucros? Estarão as empresas sociais particularmente bem posicionadas para

beneficiarem do crowdfunding? Além dos benefícios, existem certos riscos: fraude, má gestão de pagamentos,

falta de recursos necessários para concluir os projetos, proteção dos direitos de propriedade intelectual. Como