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Proposta da segunda alteração ao Orçamento do Estado para 2014

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respetivamente). Uma das principais fontes de revisão corresponde ao comportamento da Balança de

Bens e Serviços, esperando-se agora uma ligeira deterioração da Balança de Bens, influenciada pelos

termos de troca e pela desaceleração da procura externa dirigida à economia portuguesa. A previsão

para o saldo da Balança de Serviços, por sua vez, mantém-se em 5,1% do PIB, em linha com as

estimativas apresentadas no DEO 2014-2018.

O Mercado de Trabalho, por sua vez, tem registado uma evolução mais favorável do que o previsto. Em

2014, a taxa de desemprego deverá situar-se nos 14,2%, traduzindo uma importante revisão em baixa

face à estimativa do DEO 2014-2018 (-1,2 p.p.) e uma diferença ainda mais significativa face à estimativa

inicial do Orçamento do Estado (-3,5 p.p.). Com efeito, enquanto à data de apresentação do OE2014 se

antecipava um aumento do nível de desemprego face a 2013, atualmente espera-se que a taxa de

desemprego diminua em 2 p.p. face ao ano anterior. A previsão mais recente decorre de uma dinâmica

de crescimento do emprego superior ao projetado (+1,7%, face a +1% antecipado no DEO e comparando

com -0,4% previsto no OE2014), tendo subjacente uma estabilização da população ativa.

A inflação deverá ser nula em 2014, contrastando com a projeção de 0,4% no DEO (e de +1% no

OE2014). De facto, nos primeiros sete meses do ano, o Índice de Preços no Consumidor registou uma

variação média homóloga de -0,3%, projetando-se que, ao longo do ano, esta recupere algum do seu

dinamismo. Para este movimento deverá contribuir uma depreciação da taxa de câmbio do euro,

considerando a crescente divergência entre a política monetária da área do euro relativamente à dos

EUA, colocando pressões acrescidas e gerando maior suporte a uma normalização dos preços. A

perspetiva de evolução do preço do Brent nos mercados internacionais será também um fator em

consideração.