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23 DE MAIO DE 2015 55

apresentam um aumento, o qual contrasta com a redução verificada em 2012 e estará relacionada com a menor

redução da procura interna em 2013, quando comparada com o verificado no ano anterior”2.

No que se refere ao mercado de trabalho, assistiu-se a um aumento da taxa de desemprego, passando de

15,5% em 2012, para 16,2%, em 2013, o equivalente a 855,2 mil pessoas desempregadas.

O emprego registou uma queda, em termos nominais, de 2,6%, no conjunto do ano de 2013 que corresponde

a uma diminuição de 117,5 mil empregos.

 As previsões macroeconómicas para 2013 - do orçamento inicial ao valor efetivo

O cenário macroeconómico apresentado no OE/2013 inicial apontava para uma recessão económica de 1,0%

do PIB, acabando por se verificar uma contração económica mais acentuada em 0,4 pontos percentuais. Face

à projeção inicial, de outubro 2012, registou-se uma contração menos acentuada do consumo (público e privado)

e uma contração mais forte do investimento (FBCF). Esta evolução enquadra-se num contexto em que foi

reposto o pagamento do subsídio de férias a funcionários públicos e pensionistas durante 2013, na sequência

da decisão do Tribunal Constitucional. Do lado do contributo externo, registou-se um aumento das exportações

maior do que o esperado, mas também um aumento das importações, (+3,6%), o qual contrasta com uma

previsão inicial de redução (-1,4%). Em resultado destas variações, verificou-se um contributo líquido da procura

externa menos positivo do que o esperado (1,1 p.p. face a 1,9 p.p.), para o qual contribuiu o aumento das

importações.

O quadro seguinte inclui as várias projeções realizadas pelo Governo para o ano de 2013.

Várias Projeções macroeconómicas do Governo: 2013

taxa de crescimento homólogo real(%)

2013

2012 DEO DEO OE2013 DEO e OER OE2014verificado abril e maio verificado

Ago-11 Abr-12 Out-12 Out-132013

PIB -3,3 1,2 0,6 -1,0 -2,3 -1,8 -1,4

Consumo Privado -5,2 -0,7 -0,7 -2,2 -3,2 -2,5 -1,4

Consumo Público -4,3 -4,0 -2,9 -3,5 -4,2 -4,0 -1,9

FBCF -15,0 3,9 -0,6 -4,2 -7,6 -8,5 -6,3

Exportações 3,1 6,5 5,6 3,6 0,8 5,8 6,4

Importações -6,6 1,6 1,6 -1,4 -3,9 0,8 3,6

Inflação (IPC) 2,8 1,4 1,3 0,9 0,7 0,6 0,3

Emprego -4,1 0,3 0,6 -1,7 -3,9 -3,9 -2,6

Desemprego (Taxa %) 15,5 13,0 14,1 16,4 18,2 17,4 16,2

Défice público (% do PIB) 5,5 3,0 3,0 4,5 5,5 5,9 4,9

Dívida Pública Bruta (% do PIB) 124,8 106,8 115,7 123,7 122,3 127,8 128,0

INE, Eurostat (Dívida e Défice)

Nota: de acordo com SEC2010

Comparando com a primeira projeção realizada pelo Governo, expressa no Documento de Estratégia

Orçamental (DEO), de agosto de 2011, o ano de 2013 deveria apresentar um crescimento da atividade

económica na ordem de 1,2%.

Relativamente ao orçamentado retificativo, de maio de 2013, a economia acabou por apresentar um

desempenho menos negativo, já que naquele o Governo antevia uma recessão económica na ordem dos 2,3%.

No mercado de trabalho, nomeadamente no que concerne ao crescimento do emprego e à taxa de

desemprego registaram-se evoluções bastante mais desfavoráveis que as inicialmente previstas, no DEO (de

agosto de 2011) e no OE/2013 inicial, mas menos desfavoráveis face às previsões constantes no OE/2013

retificativo.

2 UTAO, Análise da Conta Geral do Estado 2013, Parecer técnico nº5/2014, pág. 3