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Parecer do CES sobre o Orçamento do Estado para 2018 (Aprovado em plenário a 06/11/2017)

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Para 2018 o Relatório apresenta-nos um crescimento do PIB que poderemos

mesmo considerar prudente, tomando em linha de conta o ponto de partida

existente, ao apontar para 2.2% de variação do PIB. Prevê assim o Governo

uma desaceleração de 0.4 p.p. em relação à previsão para este ano, em

resultado de um menor crescimento, quer da procura interna, quer da procura

externa, mas em que, salvo para o consumo privado, o crescimento previsto

se situa ainda acima dos valores de 2016.

Assim, mesmo com uma previsão de inflação ligeiramente superior em 2018 (o

deflator do PIB tem uma previsão de aumento de 0.1 p.p.), o crescimento do

PIB nominal deverá passar de um registo de 3.9% em 2017 para 3.6% em 2018.

Também o emprego deverá ver o seu crescimento desacelerar pois após um

aumento global de 2.7% previsto para este ano, deverá crescer apenas 0.9%

em 2018. Este valor ainda contribuirá de forma decisiva para que prossiga a

tendência descendente da taxa de desemprego que o Governo prevê poder

passar de 9.2% este ano para 8.6% no próximo (lembramos que o O.E. 2017

previa para o ano em curso uma taxa de 10.3%), número que ainda ficará

acima dos valores anteriores à crise.

Neste contexto de recuperação do investimento e de criação de emprego, o

PIB potencial deverá acelerar em 2018 a exemplo do que se prevê já para

este ano. Assim, temos variações ascendentes de 0.7% em 2016, de 1.3% em

2017 e de 1.6% em 2018 para aquele produto. O crescimento do PIB real e do

PIB potencial resultam numa inversão do sinal do hiato do produto (diferença

entre o PIB real e o PIB potencial medido em % do PIB potencial) que,

passando a positivo já este ano, reforçará essa tendência em 2018 (evoluindo

de -0.9% em 2016 para 1.0% em 2018).

Em relação ao comércio de bens e serviços, a previsão para as exportações

em 2018 aponta para uma clara desaceleração que, mesmo assim, aponta

para um crescimento de 5.4%, novamente acima da previsão para a procura

externa dirigida à economia portuguesa que é de 4.0%.

2 DE NOVEMBRO DE 2017______________________________________________________________________________________________________________

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