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17 DE ABRIL DE 2019

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sucesso e chamar a esta direção estratégica organismos públicos que têm know-how, permitirá não só que o

País arranque para um melhor futuro na economia, mas também a eficiência dos recursos do Estado.

A promoção do investimento e dinamização da nossa economia são fundamentais, principalmente quando

sabemos que o Investimento Direto do Exterior em Portugal, de base industrial, teima em não alavancar, como

se pode ver no quadro abaixo.

Criar um ambiente favorável ao investimento deve impulsionar o empreendedorismo, aproveitando a

qualificação dos recursos humanos portugueses, não só na lógica da criação do próprio posto de trabalho, mas

também no domínio da inovação e da criação de startups.

As patentes são essenciais para o desenvolvimento da indústria tecnológica e passa a ser muito relevante

uma avaliação séria do quadro normativo associado a estas matérias. É preocupante constatar que nas patentes

da Web 2.0 – a web participativa – os países europeus têm ainda diferentes velocidades contribuindo-se assim

para a ausência de um mercado digital único.

Isto explica, em grande medida, o atraso no desenvolvimento de novas tecnologias e a queda do investimento

em tecnologias e redes digitais na Europa. É a fragmentação do mercado interno. Nesta área, como no caso do

mercado de energia e do mercado financeiro, é a fragmentação do mercado interno que explica os bloqueios ao

investimento. Para Portugal, é crucial que nestes mercados haja uma superação da fragmentação do Mercado

Único Digital, porque sem ela, os objetivos do Mercado Único não serão inteiramente realizados.

Na União Europeia existem cerca de 40 operadores no mercado interno de mais de 500 milhões de pessoas,

o que, comparado com o mercado americano (6) ou chinês (3-4), é um número muito superior. E tanto num

como noutro o quadro regulatório é único, enquanto na Europa existem mais de 20 quadros legais.

Foi a partir deste diagnóstico que a Comissão Europeia apresentou a «Estratégia para o Mercado Único

Digital na Europa» que é um roteiro decisivo não só pelo impacto que tem no crescimento e no emprego, mas

porque é a aceitação de um facto inescapável e o reconhecimento de uma realidade inevitável: o mercado digital,

ao contrário de outros, é um mercado absolutamente transversal, estando presente em todos os sectores

económicos, de um modo ou de outro, e, por isso, influencia as perspetivas de crescimento de quase todos os

ramos da economia europeia.

Aquilo que ficou determinado para a denominada indústria 4.0, a importância da transformação digital para o

futuro das empresas e a sua modernização, tem que avançar com mais celeridade contribuindo para a maior

competitividade da nossa economia.

Até porque, segundo a PwC, «a Indústria 4.0 permite obter ganhos na receita, nos custos e na eficiência. As

empresas que implementarem, de forma bem-sucedida, as iniciativas da nova revolução industrial conseguem

ter uma maior capacidade de foco e melhoria nos processos da sua empresa, não estando apenas focadas

numa só fase dos mesmos. 57% das empresas nacionais do setor esperam um aumento médio da sua receita

digital até 10%, 55% têm como expectativa uma redução de custos acima dos 10% e cerca de 70% esperam

obter ganhos de eficiência acima dos 10%. As empresas pioneiras, que já contam com níveis de investimento

significativo e com níveis de digitalização avançados, contam ter resultados ainda mais favoráveis».

Há hoje uma nova oportunidade para atrair pessoas num mundo em que o novo trabalho digital pode ser feito

em qualquer lugar, numa economia aberta capaz de se reinventar e de gerar oportunidades para todos e não

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INVESTIMENTO DIRETO ESTRANGEIROEM MILHÕES DE EUROSFONTE: BANCO DE PORTUGAL