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17 DE ABRIL DE 2019

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Devemos ainda mencionar que este aumento do endividamento se deve exclusivamente à evolução da dívida

do sector público não financeiro, em trajetória ascendente desde 2012 e que atingiu o seu máximo em novembro

de 2018, cifrando-se nos 324 mil milhões de Euros. Em sentido contrário evoluiu o endividamento privado, das

empresas e particulares, que se reduziu de 445 mil milhões de Euros em dezembro de 2012 para cerca de 400

mil milhões de Euros em janeiro de 2019.

Assim, concluímos que o endividamento total do sector não-financeiro permanece elevado e representa

357% do PIB nominal, ou seja, em termos nominais, seriam necessários perto de quatro anos a entregar

(exclusivamente) a totalidade da riqueza gerada pelo País ao serviço da dívida para que a pudéssemos liquidar

totalmente. Sendo certo que esse não é o objetivo, e que níveis de endividamento saudáveis são positivos e

parte integrante da forma como a economia está estruturada, elevados níveis de dívida levam a que a economia

nacional se encontre e permaneça numa situação sensível e de fraca capacidade de resposta a choques

negativos, quer seja na procura externa ou num aumento das taxas de juro, que impactam diretamente o défice.

A atual redução do nível de dívida direta do Estado em percentagem do PIB, embora de saudar, é

exclusivamente atribuível ao crescimento do próprio PIB (o denominador do rácio), uma vez que a dívida direta

do Estado continua a aumentar; ou seja, caso se venha a verificar um decréscimo do PIB, este rácio aumentará

significativamente, pelo que as melhorias recentes devem ser interpretadas com substancial precaução.

7. Produtividade

A produtividade do trabalho em Portugal manteve-se praticamente estagnada desde 2010.

Na amostra de 10 países selecionados que recolhemos – baseada no facto de estes países evidenciarem

valores semelhantes de PIB per capita – Portugal só fica à frente da Grécia, que viu a sua produtividade

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ENDIVIDAMENTO DO SECTOR PRIVADO NÃO-FINANCEIROEM MILHÕES DE EUROSFONTE: BANCO DE PORTUGAL

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ENDIVIDAMENTO DO SECTOR PÚBLICO NÃO-FINANCEIRO

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DÍVIDA DIRETA DO ESTADOEM MILHÕES DE EUROSFONTE: BANCO DE PORTUGAL