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A economia portuguesa beneficiou, em 2017, do crescimento da economia

mundial, que atingiu o valor de 3,8%, acima dos 3,2% registados em 2016.

Também a Área Euro, com a qual Portugal mantem as relações económicas

mais significativas, teve um crescimento de 2,4%, acima dos 1,8% verificados

em 2016.

Do ponto de vista financeiro Portugal continuou a beneficiar, até ao final de

2017, do Programa de Compra de Ativos do Sector Público, lançado pelo BCE

no início de 2015 e da consequente estabilização da taxa de juro dos

principais mercados financeiros internacionais. A nível interno manteve-se a

política de reposição dos rendimentos, que conjugada com o aumento do

emprego conduziu a um aumento global das remunerações dos empregados

no total da economia, e de uma política fiscal, no que diz respeito a impostos

diretos, favorável aos escalões de rendimentos mais baixos, apesar da subida

na carga fiscal em valor global, sendo de referir o excessivo peso que esta

continua a representar para a classe média.

A economia portuguesa enfrentou, no entanto, alguns riscos (grande parte de

origem externa) cujos contornos se começaram a definir em 2017, mas cujas

consequências ainda não estão completamente definidas. É o caso do

chamado Brexit e da subida do preço do petróleo.

3.2. Análise dos Desvios face às Previsões

A evolução da economia portuguesa em 2017 apresenta indicadores com

valores mais favoráveis do que aqueles que estão previstos no Relatório do OE

2017, com destaque para o crescimento do PIB de 2,7%, comparado com a

previsão de 1,5%. Também as exportações cresceram quase o dobro do

previsto (7,9% contra 4,2%, com destaque para o sector dos serviços) e a FBCF

teve um comportamento semelhante (9,2% contra 3,1%).

De referir ainda que o principal contributo para o crescimento do PIB

continuou a ser a procura interna (tendo o contributo previsto no OE de +1,3

II SÉRIE-A — NÚMERO 91______________________________________________________________________________________________________________

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