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Para tanto, precisamos de criar um quadro favorável para que as empresas disponham dos recursos para

assegurar os investimentos necessários à adoção de novos modelos de produção que incorporem as novas

tecnologias associadas à digitalização e à automação. Além disso, é preciso uma fiscalidade que favoreça o

investimento e a capitalização das empresas, instituições financeiras públicas que compensem as falhas de

mercado no financiamento da transição para a economia digital e na articulação entre instituições públicas

e um setor empresarial que facilite a concretização dos objetivos estratégicos que nos propomos.

Por outro lado, só conseguiremos atingir estes objetivos se continuarmos a investir nas pessoas e nas suas

qualificações, quer no sistema educativo, quer ao longo da vida, através de um investimento transversal

em mais competências digitais.

O modelo de desenvolvimento que ambicionamos, baseado no conhecimento e no valor acrescentado das

atividades económicas, requer recursos humanos cada vez mais qualificados. O crescimento da

produtividade deve beneficiar da qualificação da gestão das empresas que, por sua vez, favorece a criação

de melhor emprego e de relações de trabalho mais justas. O Governo continuará a promover a criação de

relações de trabalho mais justas e uma maior participação do trabalho no rendimento nacional.

Na verdade, construir um Portugal moderno, inovador e na linha da frente da sociedade da informação

significa, sobretudo, pensar nos cidadãos e capacitá-los. Tal implica um forte investimento na formação,

na educação e na ciência. O nosso caminho é por isso claro: a competitividade de Portugal passa por

apostar nos nossos recursos e no valor acrescentado do nosso trabalho, qualificando mais os portugueses.

Este investimento deve ser realizado de forma inclusiva, estimulando o acesso ao ensino e à aprendizagem

ao longo da vida e criando condições de acesso, facilitado e gratuito, à Internet para toda a população.

Com este mesmo objetivo, de que ninguém fique para trás, é necessário proteger aqueles que estão menos

capacitados para enfrentar os desafios da transição digital. Apoiar estas pessoas na necessária atualização

de conhecimentos e competências, antecipar as consequências da progressiva automação e evitar que as

plataformas digitais constituam uma forma de erosão de direitos laborais longamente estabelecidos são

condições indispensáveis para que a referida transição digital seja uma transição justa, socialmente

equilibrada e com direitos.

Vamos também continuar a privilegiar a simplificação administrativa, a reforçar e a melhorar os serviços

prestados digitalmente pelo Estado, a promover o seu acesso e usabilidade, a desmaterializar ainda mais

procedimentos administrativos e a apostar na modernização administrativa como uma forma de melhor

servir o cidadão.

26 DE OUTUBRO DE 2019______________________________________________________________________________________________________________

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