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Potenciar o sequestro florestal de carbono

Portugal, pela sua localização geográfica, é um dos países da Europa mais potencialmente expostos às

alterações climáticas, bem como um dos que melhores condições possui para as mitigar pela via florestal

graças a uma elevada produtividade primária. Assim, torna-se urgente tomar medidas que confiram uma

maior resiliência à floresta portuguesa, que favoreçam a adaptação do coberto vegetal às novas condições

climáticas e que assegurem uma acumulação de longo prazo de carbono atmosférico. Para o efeito, o

Governo irá:

• Promover o aumento da área florestal e a reconversão e densificação da área existente para

espécies mais adaptadas ao território, tendo em vista a resiliência aos riscos, nomeadamente de

incêndio;

• Criar incentivos económicos para projetos de sumidouro florestal e outras atividades no

domínio silvícola e agro-florestal que promovam o sequestro de carbono;

• Priorizar e majorar o apoio à instalação, à gestão e à promoção da regeneração natural de áreas

florestais com espécies de crescimento lento, de modo a assegurar uma acumulação duradoura

de carbono atmosférico;

• Promover a utilização de madeira, ou produtos derivados certificados, na construção e

requalificação de edifícios, de modo a assegurar a acumulação de longo prazo de carbono

atmosférico em imóveis e infraestruturas;

• Estudar a introdução de espécies florestais não autóctones, mais adaptadas às novas condições

climáticas, nas regiões do país mais expostas à desertificação física, com vista a assegurar a

acumulação de carbono atmosférico, o revestimento do solo e o reequilíbrio dos círculos

hidrológicos nessas regiões.

Reforçar o papel do associativismo florestal

As Organizações de Produtores Florestais desempenham um papel essencial na gestão ordenada da

floresta. Contudo, verifica-se no terreno uma disparidade muito grande entre a capacidade de intervenção

e operacionalização das diversas Organizações de Produtores Florestais. Para corrigir esta situação, o

Governo irá:

• Aumentar a área com gestão agregada de pequenas propriedades através de Organizações de

Produtores Florestais;

• Aprofundar os estímulos ao associativismo para a gestão mais racional da propriedade florestal

dos pequenos proprietários, incluindo a gestão da biomassa combustível;

26 DE OUTUBRO DE 2019______________________________________________________________________________________________________________

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