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Segundo o MF, o deflator do PIB deverá registar uma desaceleração de 1,5% em

2020 para 0,9% em 2021, traduzindo a desaceleração do deflator do consumo

público e a aceleração do deflator das importações. Refira-se que é esperado um

movimento semelhante pelas restantes instituições selecionadas no Quadro 2,

ficando a previsão do MF para o deflator do PIB contida entre os 0,4% da OCDE e

os 1,2% do CFP. Relativamente ao Índice Harmonizado de Preços no Consumidor

(IHPC) deverá registar uma dinâmica diferente, prevendo o MF uma aceleração

de -0,1% em 2020 para 0,7% em 2021. A generalidade das instituições

consideradas também perspetiva uma aceleração da taxa de variação do IHPC,

apresentando-se a projeção do FMI como a mais elevada (1,4%) e a da OCDE a mais

moderada (0,2%).

Em face das dinâmicas descritas para o produto real e para o deflator do PIB, o MF

prevê que o PIB nominal cresça 6,3% em 2021. Esta previsão está em linha com a

trajetória das projeções das instituições anteriormente mencionadas.

Após o aumento esperado para a taxa de desemprego em 2020 (8,7% vs. 6,5% em

2019), o MF prevê a redução deste indicador para 8,2% em 2021, traduzindo o

crescimento de 1,0% do emprego no próximo ano. A taxa de desemprego

esperada pelo MF para este ano enquadra-se nas projeções das entidades

consideradas no Quadro 2, com a sua previsão a situar-se entre os 7,5% do BdP e

os 13,9% do FMI. Sublinhe-se, no entanto, que a taxa de desemprego prevista pelo

MF para 2021 é a mais baixa quando comparada com as presentes nos cenários

macroeconómicos das restantes instituições consideradas. A taxa de variação da

remuneração média por trabalhador (nominal) apresentada deverá desacelerar de

3,4% em 2020 para 1,7% em 2021. Utilizando o IHPC como deflator, o MF espera,

em termos reais, um abrandamento da remuneração média real por trabalhador de

3,5% em 2020 para 1,0% em 2021. A produtividade aparente do trabalho, de

acordo com o MF, deverá recuar 4,8% em 2020, sendo esperada uma recuperação

de 4,3% em 2021.

A capacidade líquida de financiamento da economia portuguesa, de acordo com o

cenário apresentado, deverá tornar-se ligeiramente negativa no ano de 2020

(-0,3% do PIB), regressando a um excedente em 2021 (0,9% do PIB). De acordo

com o MF, a recuperação no próximo ano resultará, exclusivamente, de uma

perspetiva de robustecimento do saldo da balança corrente (0,1% do PIB vs. -1,2%

do PIB em 2020), uma vez que se espera uma ligeira deterioração do saldo da

balança de capital (0,8% do PIB vs. 0,9% do PIB em 2020). No que respeita ao saldo

da balança corrente, a perspetiva das diversas instituições consideradas é

divergente, com o FMI e o CFP a projetarem uma degradação desse indicador entre

2020 e 2021 e a OCDE a antecipar uma ligeira recuperação. Ainda assim, nenhuma

dessas instituições espera que o saldo da balança corrente se torne positivo em

2021, contrastando, desse modo, com a previsão subjacente ao cenário

macroeconómico divulgado pelo MF com a POE/2021.

13 DE OUTUBRO DE 2020____________________________________________________________________________________________________________

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