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16 DE JUNHO DE 2021

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inflacionistas, de persistência de elevada incerteza e de arrefecimento económico.

PARTE IV – Enquadramento económico em Portugal

O produto interno bruto (PIB), cresceu, em termos reais, 2,2%, ou seja, o mesmo crescimento previsto no

OE 2019, ainda que com algumas diferenças em termos de composição.

O investimento (FBCF) que registou um crescimento de 6,3% foi a componente mais dinâmica da procura

interna. Se se excluir a componente de equipamento de transporte (-4,6%), todas as demais apresentaram um

contributo positivo para o crescimento do investimento. A construção, que representa 49% do investimento, foi

a que mais cresceu (8,9%), seguida pela componente de produtos de propriedade intelectual (6,5%).

O consumo final das famílias aumentou 2,2%, valor abaixo, portanto, do registado no ano anterior (2,9%).

Esta variação deveu-se a «uma desaceleração significativa do consumo de bens duradouros (menos 5,2 pp),

enquanto o consumo de bens alimentares e de bens correntes não alimentares e serviços apresentou uma

ligeira desaceleração (menos 0,1 pp e menos 0,2 pp, respetivamente)».

As exportações cresceram 3,7% em 2019 o que compara com os 4,5% em 2018, muito marcadas pela

«desaceleração do crescimento da componente dos serviços para 3,8% (menos 2,5 pp face a 2018), uma vez

que o crescimento das exportações de bens permaneceu inalterado».

As importações cresceram 5,2% em 2019 (5,7% em 2018), uma variação explicada pela «desaceleração

do crescimento da componente de bens de 5,7% em 2018 para 4,5% em 2019, uma vez que a componente dos

serviços acelerou face ao ano anterior para 8,6% (5,9% em 2018)».

Em 2019 a taxa de desemprego fixou-se em 6,5% (7% em 2018), valor ligeiramente acima do previsto no

OE 2019 (6,3%). O número de desempregados de longa duração que no total dos desempregados se situa em

50%, diminuiu cerca de 1 pp do em 2019. Por seu turno, a taxa de desemprego jovem, diminuiu em torno de 2

pp.

O emprego cresceu 0,8%, face ao verificado em 2018 (2,3%), «suportado principalmente pelo aumento

registado no setor dos serviços, mas também, ainda que em menor escala, na indústria transformadora». De

notar que o número de empregados nos setores da agricultura, silvicultura e pescas, e no setor da construção,

diminuiu.

É igualmente de relevar a diminuição em 2019 de cerca de 1 pp do número de desempregados de longa

duração no total dos desempregados que se situa em 50% em 2019, assim como a diminuição em torno de 2

pp da taxa de desemprego jovem.

A população ativa cresceu 0,4%, um crescimento ligeiramente superior ao de 2018.