O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

26 DE OUTUBRO DE 2022

45

acrescer uma tendência de apreciação do dólar norte-americano face ao euro.

A política monetária deverá manter-se restritiva em 2023, prosseguindo a trajetória de normalização

iniciada em 2022, a fim de contrariar a subida da taxa de inflação e a depreciação do euro face ao dólar.

Assim, e considerando o mercado de futuros, as taxas de juro de curto prazo da área do euro deverão subir

para 2,9%, em média, em 2023 (previsto de 0,5%, em média, em 2022).

3.2 Cenário macroeconómico 2022 e 2023

Em 2023, prevê-se uma desaceleração da economia portuguesa, com um crescimento real de 1,3% face

ao crescimento estimado de 6,5% para 2022, mantendo-se a convergência face à área do euro (crescimento

de 3,1% e 0,9%, respetivamente, em 2022 e 2023) iniciada em 2017 e apenas interrompida em 2020.

O crescimento da economia portuguesa encontra-se fortemente condicionado pela evolução da conjuntura

internacional e da política monetária, mas, ainda assim, em 2022, deverá registar um contributo positivo

significativo da procura interna (4,4 pp), resultado do dinamismo do consumo privado e do investimento,

reforçado pelo contributo da procura externa líquida (2,2 pp), com as exportações a crescerem acima das

importações (18,1% e 12%, respetivamente).

Em 2023, o crescimento assentará num maior dinamismo do investimento (3,6%), com base na plena

implementação dos investimentos previstos no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), o que

permitirá amortecer, em parte, a desaceleração do consumo privado, de 5,4% em 2022 para 0,7% em 2023,

num contexto de estabilização da taxa de poupança em níveis inferiores à sua média histórica.

Concomitantemente, prevê-se que as exportações de bens e serviços em 2023 cresçam apenas 3,7%,

devendo as importações crescer 4%, acima da evolução da procura global, dado serem afetadas pelo

conteúdo importado do investimento, o que resulta num contributo da procura externa líquida negativo (-0,3

pp).