O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

II SÉRIE-A — NÚMERO 200

66

Indicador 2030 2040 2050

Percentagem de redução emissões CO2 15 % 47 % 77 %

Área de edifícios renovada (m2) 363 680 501 635 637 685 747 953 071

Percentagem de edifícios renovados 69 % 99 % 100 %

Percentagem de redução horas desconforto 26 % 34 % 56 %

Investimento médio ponderado (€2020/m2) 82 164 256

Poupança (€2020/m2) 89 192 283

Os resultados das simulações e da implementação dos pacotes de medidas mencionados sugerem uma

poupança cumulativa de energia primária de 40 % nos edifícios residenciais até 2050 e de 28 % nos edifícios

não residenciais, totalizando 34 % no que se refere ao parque total de edifícios existentes à data.

O setor residencial apresenta potencial para alcançar poupanças significativas essencialmente devido à

substituição dos sistemas de aquecimento ambiente e AQS por sistemas mais eficientes (ex.: solar térmico,

bombas de calor ou geotermia superficial) e pela redução das necessidades por via da atuação na envolvente.

Já no setor não residencial as poupanças são mais reduzidas uma vez que os equipamentos existentes

(maioritariamente bombas de calor e chillers) são já minimamente eficientes e, portanto, a sua substituição por

equipamentos novos apresenta uma melhoria mais reduzida.

Já no que diz respeito à adoção de sistemas de produção de energia renovável local, são os painéis

solares fotovoltaicos nos edifícios não residenciais que assumem maior destaque e sobre os quais esta

medida é bastante apelativa (tanto em termos do potencial de redução das emissões de CO2, como em termos

da relação entre o investimento e a poupança gerada). Neste indicador específico, foi estimado que, até 2050,

cerca de 63 % do consumo de energia do parque total de edifícios existentes seja produzido localmente com

recurso a painéis solares fotovoltaicos (com recurso a baterias) para suprir o consumo elétrico, ou por painéis

solares térmicos e sistemas a biomassa para suprir o consumo com AQS.

Com uma forte eletrificação dos sistemas prevista até 2040, a eletricidade que não for produzida

localmente é expetável de origem quase exclusivamente renovável na fonte (considerando entre 90 % a 95 %

de penetração de energias renováveis na fonte até 2050). Uma vez que o modelo de simulação considerou

que 100 % do parque de edifícios existentes em 2018 seria reabilitado até 2050 (ainda que implementados

diversos pacotes de medidas em diferentes fases), em conjugação com os resultados estimados para a

produção de energia local e na fonte (98 % de energia renovável total), é possível concluir que a ELPRE se

alinha com os objetivos estabelecidos referentes à criação de um parque imobiliário descarbonizado, de

elevada eficiência energética e com edifícios existentes NZEB.

Tendo em conta que o conforto térmico foi estabelecido como um critério prioritário na renovação do

parque residencial existente, com o roteiro e pacotes de medidas estabelecidos é possível observar uma

redução das horas de desconforto em 56 % do ano, destacando uma evolução positiva no pico de temperatura

mínimo na habitação de 10 ºC para 16 ºC no pior dos cenários, contribuindo para o conjunto de cobenefícios e

promovendo o combate à pobreza energética.

No que se refere à análise de impacto económico é possível concluir que globalmente a poupança

cumulativa de energia a 30 anos é sempre superior ao investimento necessário, tanto nos edifícios

residenciais (onde o retorno do investimento é baixo, ainda que positivo) como nos edifícios não residenciais

(onde o retorno do investimento é consideravelmente alto). Nesse sentido, de forma a concretizar os pacotes

de medidas descritos para todo o parque de edifícios, o valor necessário de investimento total a atingir até

2050 deverá rondar os 256 € 2020/m2 para uma poupança de energia prevista de 283 € 2020/m2.

iii. Outros objetivos nacionais, incluindo metas ou estratégias a longo prazo e metas setoriais e

objetivos nacionais em áreas como a eficiência energética no setor dos transportes e no que diz

respeito ao aquecimento e arrefecimento

Não aplicável.