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14 DE MARÇO DE 2025

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4,2 %; atividades financeiras, de seguros e imobiliárias 1,6 %. Apenas na agricultura, silvicultura e pescas

houve uma diminuição de 5,3 % no VAB. De referir que em termos de volume de negócios, o setor da indústria

e energia continuou a ser aquele com uma maior contribuição entre 2021 e 2022 (+8,4 p.p.), seguido do setor

do comércio (+6,2 p.p.).

Figura 3 – Evolução do VAB (base 2016) em Portugal (milhões de euros, dados encadeados em

volume; anual) [Fonte: INE]

A acrescentar à trajetória de descarbonização da economia nacional, com a correspondente redução de

emissões de GEE, que têm permitido consolidar o percurso de Portugal em matéria de energia e clima,

importa ainda assinalar como relevante a sinergia entre medidas de descarbonização e as opções de

adaptação aos efeitos das alterações climáticas. Sabendo ainda que as alterações climáticas são um processo

muito complexo e com elevados riscos para os seres humanos, os ecossistemas e os bens materiais, é vital

promover a adaptação de forma estruturada, através da implementação de medidas eficazes que reduzam a

vulnerabilidade e aumentem a resiliência dos sistemas (EEA, 2017; IPCC, 2022b).

No atual contexto de incerteza na política climática mundial, em que se assistem mudanças nas lideranças

políticas, conflitos de interesse entre diferentes setores económicos e falta de consenso entre países, reveste-

se ainda de maior importância a necessidade de implementar medidas eficazes e coordenadas para mitigar e

adaptar os impactos negativos das alterações climáticas.

O referido ganha ainda mais significado quando analisados os últimos resultados do Roteiro Nacional para

a Adaptação 2100 (RNA2100). A cenarização das projeções climáticas regionais obtidas para Portugal

continental, deixa bem claro que a intensidade do aquecimento até ao final do século (2100) se encontra

altamente dependente do cenário de emissões de gases com efeito de estufa considerado. Por exemplo, para

o cenário de mitigação RCP2.6, prevê-se um aumento de 1 a 2 ºC na temperatura média diária durante o

verão, em comparação com um aumento de 4 a 7 ºC para o cenário RCP8.5. Para além dos aumentos de

temperatura média e máxima, as ondas de calor e os dias muito quentes serão mais frequentes, mais intensos

e mais duradouros, sendo que até ao final do século, o número máximo de dias consecutivos muito quentes

pode atingir 3 meses (90 dias) na região sudeste de Portugal, num cenário de emissões RCP8.5. Já as

projeções de precipitação mostram um aumento significativo no número máximo de dias secos consecutivos

ao longo do século XXI em todos os cenários de emissões.

A implementação de uma política de adaptação é assim essencial, todavia o esforço deverá ser

coordenado com medidas de mitigação, por forma a limitar a magnitude dos efeitos climáticos.

Alinhado com uma visão integradora, o PNEC 2030 foi desenvolvido em articulação com o RNC 2050 e

levando em consideração os resultados do RNA2100, enquadrando-se nas obrigações decorrentes do

Regulamento (UE) 2018/1999 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 11 de dezembro de 2018, relativo à

governação da união da energia e da ação climática, tratando-se esta versão da atualização prevista ao abrigo

do artigo 14.º do referido Regulamento.

O PNEC 2030, enquanto principal instrumento de política energética e climática para a década 2021-2030,

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Outras atividades de serviços

Atividades financeiras, deseguros e imobiliárias

Transportes e armazenagem;atividades de informação ecomunicaçãoComércio e reparação deveículos; alojamento erestauraçãoConstrução

Energia, água e saneamento

Indústria

Agricultura, silvicultura epesca