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25 DE MAIO DE 1995

156-(21)

MINISTÉRIO DA INDÚSTRIA E ENERGIA

GABINETE DO MINISTRO -

Assunto: Resposta ao requerimento n.° 411/VI. (4,*)-AÇ, do Deputado Luís Sá (PCP), sobre a situação e futuro da Têxtil Luís Correia —BELCOR (Felgueiras).

Em resposta ao vosso ofício n.° 476, de 31 de Janeiro de 1995, e em referência ao assunto mencionado em epígrafe, encarrega-me S. Ex.* o Ministro da Indústria e Energia de prestar a V. Ex." a seguinte informação:

1 — A Têxtil Luís Correia, S. A., apresentou quatro candidaturas ao SINPEDIP, sendo três no âmbito do surecapitulo ii («Projectos de investimento em inovação e modernização») e uma no âmbito do subcapítulo m («Projectos de investimento em gestão da qualidade e protecção do ambiente») e que consistiram no seguinte:

Criação de raiz de uma unidade de fiação open-end em Felgueiras, completamente autonomizada e utilizando a tecnologia mais evoluída, a; nível mundial, desactivando-se, assim, a fiação convencional já obsoleta (SINPEDIP II).

O investimento previsto foi de 1 037 178 contos e a comparticipação financeira homologada de 198 787 contos, dos quais 186414 contos foram pagos à empresa, após verificação física, documental e contabilística do projecto; ,.: Modernização da unidade de tinturaria e acabamentos de Vila das Aves (SINPEPIP D)...

O investimento previsto foi de 392 219 contos e a comparticipação financeira homologada de

67 455 contos, dos quais 66 196 contos foram pagos à empresa, após verificação física, documen-! tal e contabilística do projecto;

Aquisição de diverso equipamento laboratorial e informático com vista a uma melhoria do controlo de qualidade e destinado à unidade de fiação open-end de Felgueiras e à unidade de tinturaria e acabamentos de Vila das Aves (SINPEPIP III).

O investimento previsto foi de 158625 contos e a comparticipação financeira homologada dè

68 925 contos, dos quais 31 915 contos foram pagos à empresa, após verificação física, documental e contabilística do projecto;

Reforço da capacidade de fiação open-end de Felgueiras (SINPEDIP O).

O investimento previsto foi de 181 330 contos e a comparticipação financeira homologada de 40 586 contos, dos quais 36 634 contos foram pagos à empresa, após verificação física, documental e contabilística do projecto.

2 — Em termos globais a Têxtil Luís Correia S. A., realizou investimentos no montante de 1 769 352 contos, tendo para isso recebido cerca de 320 000 contos de subsídios a fundo perdido.

Estes investimentos entraram em plena laboração em 1992.

Impacte dos investimentos apoiados pelo IAPMEI no contexto da empresa Têxtil Luís Correia, S. A. — No estudo feito, em princípios de 1993, pela Roland Berger & Partners e pela SOSERFIN é referido que a posição da Têxtil Luís Correia, S. A., face à cadeia de-valor da indústria têxtil (e na qual entram as fases de fiação, tecela-

gem, acabamentos, design, confecção, marketing, vendas e serviços pós-venda) e em particular no que respeita zaos factores de sucesso, é a seguinte:

"VER DIÁRIO ORIGINAL"

Da análise deste quadro infere-se que de facto os projectos apoiados pelo IAPMEI foram bem sucedidos rio contexto global da empresa.

4—Desempenho do grupo nos últimos anos. —'O desempenho do grupo ao longo dos anos de 1989-1992 mostrou-se bastante fraco. Esta situação deveu-se a:

Perda de competitividade, motivada pela desactualização do parque tecnológico do grupo e pela crise conjuntural que afectou os mercados, mais especificamente o mercado têxtil e vestuário nacional;

Política comercial desajustada, dada a concentração do volume de negócios do grupo num número muito reduzido de clientes;

Inflexibilidade para reestruturar a gama de produção por forma a competir em mercados cada vez mais exigentes;

Desajustamento quantitativo e qualitativo na área dos

recursos humanos; Dificuldades ao nível organizativo e de sistema de

gestão.

De facto, a situação económico-financeira agrava-se fortemente, em virtude da estagnação do volume de negócios e da deteriorização da estrutura de custos, permitindo a ocorrência de prejuízos que se agudizaram ao longo do período em análise.

- Assim, e mediante as dificuldades com que o grupo se debatia, foi decidido adjudicar junto da Roland Berger & Partners um .estudos de reestruturação, que apontava, entre outras medidas, as seguintes:

1—a) Têxtil Luís Correia, S. A., unidade de Felgueiras:

Desactivação de fiação de anel;

Desactivação dos teares obsoletos e transferência dos

actualizados para a LUZMONTE; Desactivação da confecção; Venda da fiação open-end;

b) LUZMONTE — Têxtil, L.*:

Desactivação dos teares obsoletos; Desactivação da confecção;

c) LUZCOR — Têxteis," L.**: Venda da empresa.

2 — Diminuição do número de trabalhadores. — Este projecto de reestmturação começou a ser implementado em