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68 | II Série B - Número: 120 | 1 de Julho de 2009

Ilhas.
De acordo com essas informações, a TYCO obteve em Dezembro de 2008 um resultado líquido positivo de б milhões de euros e conseguiu em Março estabilizar as encomendas. Por isso já regressaram da suspensão do contrato 70 trabalhadores, prevendo-se para breve o regresso de outros 50.
No entanto, a empresa pretende avançar agora para o despedimento colectivo de muitos dos seus trabalhadores com o objectivo de reduzir custos para poder chegar a Agosto sem resultados negativos.
E mesmo os trabalhadores que mantêm o seu posto de trabalho sofrem reduções nos seus salários, que chegam a atingir os 30%.
Esta é, afinal, a demonstração do que valem para a TYCO os seus trabalhadores. Para esta empresa, os trabalhadores são apenas peças descartáveis de que a empresa se «desfaz» quando começam a atrapalhar nas contas.
O PCP já há muito que vinha alertando para a situação que se vivia na TYCO e que agora se agudiza. Através das perguntas n.º 514/X, n.º 1305/X, n.º 1401/X, n.º 1415/X e n.º 1576/X
o Grupo Parlamentar do PCP alertou o Governo para os problemas que viviam os trabalhadores
desta empresa e colocou um conjunto de questões quanto às medidas a adoptar para fazer face a essa situação.
Apesar de o PCP ter sido o único partido a levar os problemas dos trabalhadores da TYCO à Assembleia da República, e apesar das iniciativas aí apresentadas, os problemas destes trabalhadores não mereceram qualquer resposta por parte do Governo. Todas as perguntas apresentadas pelo PCP continuam por responder.
Tendo em conta a importância da TYCO no contexto de toda a região do Alentejo e a necessidade de serem adoptadas com carácter de urgência medidas que permitam a defesa dos postos de trabalho, o PCP volta a insistir com o Governo para que estes trabalhadores não vejam os seus direitos postos em causa e os seus meios de subsistência ameaçados.
Assim, e ao abrigo das disposições legais e regimentais aplicáveis, venho requerer ao Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social resposta às seguintes perguntas: 1 - Que avaliação faz o Governo da intenção de despedimento colectivo de 110 trabalhadores na TYCO? 2 - Como avalia o Governo esta decisão tendo em conta a situação económica da empresa e o impacto na vida destes trabalhadores? 3 - Oue medidas vai o Governo tomar para garantir o respeito pelos direitos dos trabalhadores, não só dos que são alvo do processo de despedimento colectivo mas também daqueles que mantêm os seus postos de trabalho?