O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA
REQUERIMENTO
Número / ( .ª)
PERGUNTA
Número / ( .ª)
Publique - se
Expeça - se
O Secretário da Mesa
Assunto:
Destinatário:
Ex. ma Sr.ª Presidente da Assembleia da República
Na busca de alternativas que tenham como fim o combate à sazonalidade, a descoberta de
novos nichos de mercado e o aprofundamento de um turismo que se quer cada vez mais
integrante e efectivamente universal, diversos estudos têm vindo a mostrar a aposta no
chamado Turismo Acessível como sendo uma aposta não apenas sustentável, mas rentável
também, mais humana e democrática.
Efectivamente, a figura do “viajante portador de deficiência” ajusta-se, hoje em dia, à de alguém
que viaja cada vez mais, estimando-se em 7,5 milhões o número destes turistas que circulam
pela Europa anualmente, no que equivalerá sensivelmente a 156 milhões de noites. Dados
recentes têm vindo a demonstrar que o viajante portador de deficiência faz-se normalmente
acompanhar nas suas deslocações, o que eleva o público-alvo a um potencial de 130 milhões
de pessoas, tornando-se num dos segmentos do mercado mais apetecível para os destinos
turísticos. Porém, o conceito de turismo acessível, nas suas diversas componentes legislativas,
estruturais e funcionais, uma vez posto em prática – quando efectivamente o é – possui um
alcance que visa o benefício não só destas pessoas, mas também de todo um grupo que se
enquadra num conceito de ‘pessoas com mobilidade reduzida’. Neste último grupo incluem-se,
por exemplo, crianças, idosos, pessoas obesas ou temporariamente incapacitadas – ou seja, um
grupo que abrange, segundo as últimas estimativas, 60% da população na zona da OCDE.
Será, portanto, escusado mencionar o enorme potencial turístico e económico que uma aposta
neste sector específico de mercado traria ao País. Efectivamente, quando se olha para os
recentes estudos que indicam que 81% das pessoas deste grupo viajariam caso tivessem
acesso a zonas socialmente ‘conscientes’ das suas dificuldades e preparadas para recebê-las,
percebemos facilmente a magnitude da oportunidade com que nos deparamos. Só na
Alemanha, por exemplo, este sector de mercado representa um volume de negócios na ordem
dos 1570 milhões de euros…
Portugal é hoje conhecido como destino turístico de excelência, quer pela sua diversidade de
oferta e climática, pelas suas praias inigualáveis, mas também por um tipo de hospitalidade
vincada no próprio ADN de todo um povo e reconhecida pelos milhões de turistas que por cá já
passaram. Tudo isso são factores de distinção que fazem da marca Portugal uma marca com
identidade própria lá fora. Daí a importância de nos distinguirmos neste sector específico – o do
X 2738 XII 1
2012-04-18
Paulo
Batista
Santos
(Assinatura)
Digitally signed by
Paulo Batista
Santos (Assinatura)
Date: 2012.04.18
15:04:55 +01:00
Reason:
Location:
Forte aposta que deve ser feita por Portugal no «turismo acessível» para pessoas com mobilidade reduzida
Ministério da Economia e do Emprego
23 DE ABRIL DE 2012
_____________________________________________________________________________________________________________
25


Consultar Diário Original