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16 DE JULHO DE 2014

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Alm. Vítor Manuel Gonçalves de Brito (renunciou a 15/10/10)

Eng.º Óscar Napoleão Filgueiras Mota (renunciou a 29/12/10)

Dr. José Luis Serra Rodrigues

Eng.º Francisco Gallardo Duran

22-03-2011 Dr. Carlos Alberto Veiga Anjos (renunciou a24/06/11)

Dr. José Luís Serra Rodrigues

Eng.º Francisco Gallardo Duran

Dr. Jorge Manuel Moreira de Pinho

Alm. José Joaquim Conde Baguinho

16-08-2011 Eng.º Jorge Joaquim Crujo Camões

Dr. José Luís Serra Rodrigues

Eng.º Francisco Gallardo Duran

Dr. Jorge Manuel Moreira de Pinho

Alm. José Joaquim Conde Baguinho

Ouviram-se em Comissão 5 ex-Presidentes do Conselho de Administração dos ENVC, assim como o atual

Presidente.

Com os seus contributos, tenta-se reconstituir cronologicamente o trajeto e a situação da empresa ENVC,

nos últimos anos.

O primeiro ex-Presidente a ser ouvido na CPI foi o Sr. Dr. Fernando Geraldes que foi Presidente do

Conselho de Administração dos ENVC, entre abril de 2004 e março de 2007, passando por três governos e

três ministros da Defesa.

Destaca-se da sua intervenção inicial:

“(…) Em primeiro lugar, acho que tomei posse em março de 2004 e saí em março de 2007. Os aspetos

que, na altura, considerei mais relevantes foram os seguintes: a empresa tinha os capitais próprios negativos

em cerca de 48 milhões de euros e, com duas obras que estavam a decorrer, de um navio, salvo erro,

químico, contratado a um armador finlandês, acumulou, durante esse ano de 2004, mais cerca de 20 milhões

e, portanto, chegou ao final do ano com os capitais próprios negativos em 63 milhões de euros. Como, na

altura, o acionista não tinha capital para injetar, a única forma de repor os capitais foi através da reavaliação

de ativos que se fez e a empresa foi incorporada, se não me falha a memória, em 2005, na EMPORDEF. Qual

a razão? Na altura, a razão de incorporação desta empresa, que até poderia estar ligada ao Ministério das

Finanças ou ao Ministério da Economia, na EMPORDEF, teve um aspeto essencial: primeiro, tentar, de

alguma forma, incorporar mais valor acrescentado nacional nas construções que estavam a ser feitas.

Porquê? Porque, na altura, faziam parte do universo da holding, da EMPORDEF — e não tenho a certeza,

mas acho que ainda fazem —, duas empresas: a EID e a EDISOFT. Não sei se a situação ainda se mantém,

mas a parte das comunicações, telecomunicações e software desenvolvidos por essas empresas estava

incorporada nas construções militares, concretamente nos patrulhões, contrato, este, assinado anteriormente,

pelo que tinha alguma lógica essa integração, para incorporar mais valor acrescentado nas construções. É que

aquilo que era incorporado na construção naval, competindo com mercados bastante agressivos, era mão-de-

obra, já que todo o restante material — motores, hélices, o que fosse — era importado e, portanto, não era

valor acrescentado nacional. Este era o primeiro aspeto que gostava de salientar.

Segundo aspeto, e esta foi uma constatação a posteriori: se, na altura, a empresa tinha, penso eu, mão-de-

obra direta mais ou menos suficiente (não era muita nem pouca, acho que era suficiente), mesmo que

estivesse a construir cerca de duas embarcações/ano, tinha, do meu ponto de vista, mão de obra indireta em

excesso.

Outro aspeto relevante, que só depois de algum tempo de trabalho é que se consegue perceber, é que, do

ponto de vista da capacidade de gestão da parte do quadro diretivo, basicamente, não existia. Portanto, era

um quadro diretivo que estava incorporado nos restantes colaboradores da empresa, mas que, para além,

obviamente, da capacidade de construção e do respetivo know-how, não tinha capacidade de gestão e de