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16 DE JULHO DE 2014

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Hoje, é historicamente fácil ao nível de rácios económicos demonstrá-lo e ao nível técnico, nomeadamente

na área de compras ou na área industrial de organização de trabalho, é difícil ir buscar elementos tão

tardios.”39

Sobre a possibilidade de novas construções para os ENVC, o Sr. Presidente do Conselho de Administração

da Empordef, Dr. Rui Jorge de Carvalho Vicente Ferreira, esclarece ainda o Sr. Deputado Afonso Oliveira:

“(…) Sr. Deputado, aquilo que eu considero é que, primeiro, os Estaleiros tinham uma total incapacidade de

conquistar novas construções no mercado. Viu-se, pelo mapa que mostrei há pouco, que os M mostram que

em 10 anos conquistou duas construções. Os Estaleiros viveram de construções de contrapartidas e de

construções da diplomacia económica do Governo.”40

O Sr Dr. Rui Jorge de Carvalho Vicente Ferreira, esclareceu ainda o Sr. Deputado Jorge Fão, sobre novas

encomendas de construção, nomeadamente as da empresa Douro Azul:

“(…) O Sr. Jorge Fão (PS): — Ainda neste período de tempo, e falando em hipóteses de realização de

contrato, ou seja, de novas encomendas, tenho em minha posse um documento que data de 24 de novembro

de 2011 que teria sido o princípio de um contrato entre a EMPORDEF e a Douro Azul para a construção de

dois navios.

Este documento, que seguramente conhece, chegou a ser um contrato ou foi só a minuta do contrato? E

por que é que não foi contrato?

O Sr. Dr. Rui Jorge de Carvalho Vicente Ferreira: — Preço. Não era interessante para os Estaleiros

continuar a perder dinheiro em construções.”41

Sobre a situação das construções dos ENVC serem maioritariamente com prejuízo, perguntou a Sra

Deputada Mónica Ferro, na audição com os Srs. Branco Viana e Martinho Cerqueira, Representantes da

União dos Sindicatos de Viana do Castelo:

“(…) Já em relação aos prejuízos de construção, os dados que temos referem que, entre 2006 e 2010, em

13 novas construções nenhuma delas deu lucro, o que fez com que tivéssemos prejuízos acumulados de 100

milhões de euros. Qual é a vossa perspetiva e a vossa explicação, se houver alguma, para este assunto?”42

Resposta do Sr. Branco Viana:

“(…) É aquela velha questão: eram navios altamente tecnológicos, eram navios que estes trabalhadores

não estavam habituados a construir, eram navios em que era necessário equipamentos, se calhar, mais

sofisticados e tecnológicos dentro da empresa. Por isso, teria sido necessário dotar a empresa de

investimentos próprios, o que não foi feito e o que também levou à acumulação do valor negativo, superior

àquele que seria previsto.”43

Na audição com a Comissão de Trabalhadores dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo, com os Srs.

António Costa e Abel Viana, coordenador e representante da referida Comissão, os mesmos responderam

sobre o prejuízo nos navios construídos.

Pergunta do Sr. Deputado Abel Baptista:

“(…) a Comissão de Trabalhadores foi ou não informada, a sua, coordenada por si, ou as anteriores? A

Comissão de Trabalhadores dos Estaleiros, independentemente de quem fosse o seu titular, foi ou não

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Cfr. Ata da audição da CPIENVC, de 13 de março de 2014, Presidente do Conselho de Administração da EMPORDEF, Sr. Dr. Rui

Jorge de Carvalho Vicente Ferreira, pág. 18. 40

Cfr. Ata da audição da CPIENVC, de 13 de março de 2014, Presidente do Conselho de Administração da EMPORDEF, Sr. Dr. Rui

Jorge de Carvalho Vicente Ferreira, pág. 21. 41

Cfr. Ata da audição da CPIENVC, de 13 de março de 2014, Presidente do Conselho de Administração da EMPORDEF, Sr. Dr. Rui

Jorge de Carvalho Vicente Ferreira, págs. 42-43. 42

Cfr. Ata da audição da CPIENVC, de 18 de março de 2014, representantes da União de Sindicatos de Viana do Castelo, Srs. Branco

Viana e Martinho Cerqueira, pág. 74. 43

Cfr. Ata da audição da CPIENVC, de 18 de março de 2014, representantes da União de Sindicatos de Viana do Castelo, Srs. Branco

Viana e Martinho Cerqueira, pág. 74.