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II SÉRIE-B — NÚMERO 51

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saúde individual de cada uma destas crianças que o enfermeiro de saúde escolar realiza.

Em algumas situações para além da atenção redobrada existe a necessidade de administração de

medicamentos, como por exemplo no caso de crianças diabéticas tipo 1 que dependem da administração de

insulina em vários momentos do dia para viverem.

Outras mais doenças existem e cada vez a aumentar mais, asma, alergias alimentares, celíacos, autismo…

O mau acompanhamento, a má administração da medicação compromete a saúde de uma criança e o seu

desenvolvimento.

Na maior parte destas escolas, os funcionários não têm qualquer tipo de noção ou até mesmo relação com

certas doenças, deparam se com uma série de dificuldades na aprendizagem dos cuidados necessários, apesar

de todos os esforços por parte destes docentes e não docentes acabam por receber uma carga redobrada

sempre que existe um caso na escola.

Estes funcionários docentes e não docentes não têm formação específica para estas doenças.

Os professores existem para ensinar e garantirem o sucesso escolar dos seus alunos.

As auxiliares para acompanharem, garantirem a segurança, e muitas outras tarefas estão incumbidos

diariamente nestas escolas.

Estes grupos de pessoas estão direcionados para a educação e não para a saúde.

O foco destes profissionais é outro, a sua formação é outra, toda esta logística por vezes pode mesmo

comprometer o ensino de todo um conjunto de crianças.

A escola é um espaço onde as crianças passam grande parte do dia, uma criança com uma necessidade

específica requer atenção redobrada e cuidados médicos, que só um profissional de saúde pode prestar.

Nos últimos anos o número de crianças com necessidades específicas, como os diabéticos tipo 1 têm vindo

a aumentar.

Estas crianças têm direito a poder usufruir do ensino, e a sua integração deve ser feita com consciência e

conhecimento profundo das suas patologias.

Um profissional de saúde presente nas escolas é fundamental para que estas crianças possam fazer o seu

percurso de forma natural sem que a sua saúde seja impedimento ou até mesmo seja comprometida, sem que

o pessoal docente e não docente seja sobrecarregado.

Os pais destas crianças vêm se obrigados a parar os seus trabalhos dependendo de subsídios, baixas

médicas prolongadas, para poderem ter tempo para fazerem o acompanhamento, integração e até formação

dos funcionários das escolas.

O nosso governo tem que fornecer condições a todos estes grupos de pessoas, pais, professores e auxiliares

nestes casos.

Desta forma lançámos esta petição para a integração nas escolas públicas que tenham crianças com

necessidades de cuidados de saúde específicas:

– Um enfermeiro permanente em cada escola pública que tenha crianças com necessidades de saúde

específicas, que envolvam administração de medicamentos e monitorização constante.

É urgente, é essencial para a escola que todos possam desempenhar as suas funções em pleno.

É urgente que estas crianças possam desenvolver as suas capacidades, a sua educação, sempre com o

acompanhamento médico que a sua doença necessita.

Existem imensos e enfermeiros a espera de uma oportunidade de colocação.

Existem imensos crianças nas escolas a precisar de cuidados médicos.

Data de entrada na Assembleia da República: 9 de novembro de 2022.

Primeiro peticionário: Marta Maria Dias dos Santos.

Nota: Desta petição foram subscritores 8592 cidadãos.

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