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17 DE FEVEREIRO DE 2023

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vão recebendo, em especial em tempos de crise, valores que são dos nossos impostos, enquanto os

profissionais de saúde tiveram como ajuda alguns euros, e nem todos, ficando-se no seu grosso modo, pelas

palmas de janela em janela, e uma final da Liga dos Campões, visionada pela TV, que a mesma lá lucrou mais

uns milhões de euros com a passagem desenfreada de publicidade.

Para justificarmos esta tomada de posição, podíamos expor vários factos que, desde 2020, a APTAS vem

tentando para ser escutada e para que deem voz a estes profissionais, mas relembramos duas situações de

maior relevo, para expor tudo aquilo que aqui relatamos.

Em janeiro de 2021, dia 8, foi debatida na Assembleia da República uma petição sobre a criação da carreira

de técnico auxiliar de saúde, tendo a mesma gerado dois projetos de lei, tendo os mesmos sido aprovados pela

maioria dos Deputados.

Em virtude da pandemia, respeitando as diretrizes da DGS, a APTAS cumprindo com as regras, fez-se

representar com poucos associados, para manter o respetivo afastamento, informou os órgãos de comunicação

social, só um se dignou aparecer, referindo que não seria passada nenhuma reportagem, apesar de terem

entrevistado o Presidente da Direção, porque estavam poucas pessoas no protesto.

No dia 20 de maio de 2020, a APTAS organizou o 1.º Encontro Nacional e Regiões Autónomas dos TAS, no

Grande Auditório da Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade da Beira Interior, evento esse que teve

convidados e oradores de renome nacional, preenchendo quase o referido auditório, à volta de 450 pessoas,

tendo sido informados, mais uma vez, todos os órgãos de comunicação social e, mais uma vez, fomos

completamente ignorados.

Citando Joseph Pulitzer, o mesmo que dá nome ao grande prémio de jornalismo americano, «Com o tempo,

uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público tão vil como ela mesma». A

APTAS não quer de forma alguma ser protagonista ou heróis de situação alguma, apenas não queremos ficar

de fora das questões que nos são caras e de suma importância, sempre lutaremos para que os nossos colegas

profissionais tenham aquilo que lhes é devido e merecido.

Assim sendo, solicitamos ao Parlamento uma intervenção de forma que todas as instituições que se reveem

nesta petição, mesmo grupos organizados, que também sintam esta falta de pluralismo, sintam que a liberdade

de expressão ainda é uma realidade em Portugal, sendo que para isso é necessário que a mesma seja debatida

em Plenário no Parlamento.

Data de entrada na Assembleia da República: 30 de janeiro de 2023.

Primeiro peticionário: APTAS – Associação Portuguesa dos Técnicos Auxiliares de Saúde.

Nota: Desta petição foram subscritores 2501 cidadãos.

A DIVISÃO DE REDAÇÃO.