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saída da Administradora Alexandra Reis.”

Segundo Manuel Beja, em resposta à IGF, existiam divergência entre a CEO e Alexandra Reis,

acerca de:

• Mudança da sede, que maioria da comissão executiva e a CEO preferia uma mudança

rápida dos serviços corporativos para fora do campus da TAP e AR pretendia a renovação

dos atuais edifícios;

• Soluções alternativas sobre a frota dos carros;

• Celeridade dos processos de compras/procurement da TAP;

• Recrutamento de novos diretores, em particular estrangeiros.

Afirma ainda que: “A tensão e as divergências entre a Presidente da Comissão Executiva,

Christine Ourmières, e a Administradora Alexandra Reis foram crescendo gradualmente ao

longo do mandato, tornando-se evidentes a partir de dezembro de 2021. Os tópicos ou objetos

de discordância de que tive conhecimento, embora podendo criar alguma tensão no seio da

Comissão Executiva — o que é, de resto, comum em qualquer equipa —, não punham, a meu

ver, em causa a boa execução do plano de reestruturação, plano este suportado por ambas as

administradoras.”

Por sua vez, Christine Ourmières-Widener, alega que os motivos não foram pessoais e que se

tratava de negócios. Invoca que Alexandra Reis estava desalinhada com a estratégia da Comissão

Executiva e que havia uma tensão entre Alexandra Reis e o CFO Gonçalo Pires.

Questionada sobre os antecedentes da reunião de 4 de janeiro, Christine Ourmières-Widener

afirma: “Refere-se à génese? Foi um longo processo de reflexão, em que também olhava para a

sinergia na minha equipa, para os diferentes talentos à mesa. Havia também um departamento,

digamos, que devia reportar ao CFO, que não reportava ao CFO. Fizemos um primeiro

movimento com o departamento da frota, que passou da organização de Alexandra Reis para a

organização de Gonçalo Pires, a equipa da frota. Isso criou uma grande tensão entre os dois.

Penso que podemos dizer que se trata de um eufemismo. Assim, Gonçalo Pires e Alexandra Reis

tiveram alguns desafios, na sequência desta mudança, a gerir a transição. E foi aí que a tensão

começou a ser difícil no seio da equipa. Quando começámos a mudar fez sentido, porque não

fazia qualquer sentido ter a frota, que é uma estrutura de custos importante, a não reportar ao

CFO. Por isso, fizemos esta mudança e isso criou tensão entre os dois diretores. Na sequência

disto e avançando, pensei na organização, falei com alguns membros da minha equipa,

principalmente o CFO, porque o CFO. E continuámos a trabalhar e a olhar para ela, do ponto de

vista da organização. Organização em primeiro lugar, é sempre a mesma. E quando este projeto

estava pronto, pensei que era importante, antes mesmo de pensar no futuro, ter uma reunião

com o ministro.”

Para o CFO Gonçalo Pires, o processo não foi uma surpresa e apresenta os seguintes

fundamentos: “Aliás, como disse, este processo não foi uma surpresa, porque havia várias

indicações: pelas posições discordantes em Conselho de Administração, pela saída do acionista

II SÉRIE-B — NÚMERO 95______________________________________________________________________________________________________

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