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claro para si na altura, e dá-nos a sua perspetiva relativamente a cada um dos alegados motivos

invocados pelos outros depoentes:

1. Sobre a SEDE

“A dada altura foi discutida em sede de Comissão Executiva a potencial necessidade de mudar

a sede do edifício 19 atual, o Edifício 25, na zona do aeroporto, para uma localização fora do

campus. Eu mostrei sempre imensas reservas e muitas reticências sobre esse assunto, por várias

razões. A primeira das quais é que a TAP paga zero pelo edifício onde tem agora as suas

instalações. É um edifício próprio. Mudar iria exigir sempre pagar uma renda numas instalações

diferentes. Haveria sempre, muito provavelmente, um custo extra com o fit out dessas

instalações. Não se consegue encontrar um edifício no qual não seja preciso fazer algumas obras.

Adicionalmente, era uma mudança que eu entendia como penalizadora para os colaboradores

da empresa. Porquê? Porque não se iria conseguir encontrar um edifício em Lisboa com uma

cantina com dimensão suficiente, e o subsídio de almoço na TAP tem um valor relativamente

reduzido. Num momento em que há cortes de salários na empresa, seria difícil pedir, onerar

ainda mais os colaboradores com um custo extra. Haveria também a questão do

estacionamento. O campus tem espaço para a generalidade dos colaboradores poder

estacionar. Iam perder essa opção. Não seria possível encontrar um edifício com dimensão para

1200 pessoas a estacionar a sua viatura, se fosse esse o número. Adicionalmente, também me

causava alguma estranheza porque é que, num momento em que a empresa iria ou virá a ser

privatizada, se iria estar a estabelecer um contrato de arrendamento de longo prazo que só

onera a empresa. Ou seja, não havia uma necessidade objetiva, porque as instalações atuais da

TAP, apesar de não serem muito modernas e atualizadas — eu costumava chamar-lhes vintage

—, são perfeitamente funcionais e todos os colaboradores estão perfeitamente adaptados.”

2. Sobre o AUMENTO DE CAPITAL

“Sr. Deputado, clarificando: eu nunca fui contra o aumento de capital. Nunca. Aliás, fui eu que

o escrevi no plano de reestruturação, o plano entregue a Bruxelas no dia 10 de junho de 2021.

Esse aumento de capital, essa conversão do empréstimo acionista, está refletido nessa versão

do plano e fui eu que o escrevi, isto ainda antes da entrada da nova equipa de gestão, por isso

nunca fui contra. Mas um tema é estar materialmente de acordo com essa decisão e outro tema

é a forma como ela é tomada e, na altura, eu tinha várias preocupações. Eu entendia que aquela

decisão da conversão do empréstimo em capital poderia ser tomada após a aprovação do plano

de reestruturação, porque era algo que estava lá previsto e, por isso, o Conselho de

Administração da TAP SGPS estaria mandatado para o fazer, porque, se não fosse esse o caso,

essa decisão deveria ser tomada, na minha opinião, em Assembleia Geral de Acionistas da TAP

SGPS.”

II SÉRIE-B — NÚMERO 95______________________________________________________________________________________________________

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