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28 DE OUTUBRO DE 2023

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Prata — André Marques — Cristiana Ferreira — Dinis Ramos — Cláudia André — Firmino Marques — Maria

Emília Apolinário — Paulo Rios de Oliveira — Pedro Melo Lopes — Rui Vilar.

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PROJETO DE VOTO N.º 490/XV/2.ª

DE PESAR PELO FALECIMENTO DE MIGUEL REIS

Faleceu no passado dia 5 de outubro, aos 72 anos, Miguel Reis.

Nascido em Cantanhede, em 1951, Miguel Reis iniciou a sua trajetória no mundo do jornalismo, ao qual,

por mais de uma década, se dedicou com afinco e paixão, tendo trabalhado no Jornal de Notícias, na Luta, no

Portugal Hoje, de que foi diretor adjunto, e na RTP Internacional.

Demonstrando a mesma capacidade de compromisso e sentido de excelência que marcaram a sua carreira

jornalística, fundou, em 1992, um escritório de advocacia que se tornou referência não apenas em Portugal,

mas também internacionalmente, com filiais em países como o Brasil, a Índia e os Estados Unidos.

Especialista em Direito da Comunicação Social, foi cofundador da Associação dos Jornalistas Europeus,

membro do Conselho de Imprensa e da Alta Autoridade para a Comunicação Social, sendo um defensor

incansável da liberdade de imprensa e da justiça, a sua vida foi pautada pelo fomento de uma comunicação

social imparcial e livre.

Fiel de toda a vida às raízes e aos ideais de juventude, identificou-se com o socialismo democrático e com

o humanismo universalista simbolizado na divisa «liberdade, igualdade, fraternidade», que constituía para si

uma inspiração cívica e uma responsabilidade moral, tendo-o levando, não só a querer ser a voz dos que não

tinham voz e a denunciar situações inaceitáveis de injustiça ou ilegalidade, mas conduzindo-o, ainda, a uma

atuação nos anos que se seguiram ao 25 de Abril, na qual a sua voz e análise crítica foram fundamentais para

o entendimento e reflexão sobre a realidade portuguesa.

Presente e ativo num período histórico de consolidação das instituições democráticas e de procura de

novos rumos para a vida coletiva, Miguel Reis acrescentou sempre uma marca realizadora e transformadora

aos projetos em que trabalhou, alcançando prestígio tanto no jornalismo como na advocacia.

Dotado de uma grande imaginação criadora, espírito livre e independente, com fortes interesses políticos,

culturais, literários e artísticos, era inconformista e irreverente nas suas atitudes tendo sido, no plano cívico,

membro da Assembleia Municipal da Amadora, eleito na lista do PS, partido de que foi militante.

Assim, a Assembleia da República, reunida em sessão plenária, manifesta o seu profundo pesar pelo

falecimento de Miguel Reis, prestando homenagem à sua memória e ao seu exemplo de cidadão empenhado

na construção de um país melhor, apresentando as suas condolências à família, amigos, colegas,

colaboradores e a todos aqueles que tiveram o privilégio de conviver e aprender com Miguel Reis,

reconhecendo o seu indelével legado, tanto no jornalismo, como na advocacia.

Assembleia da República, 25 de outubro de 2023.

O Presidente da Comissão de Cultura, Comunicação, Juventude e Desporto, Luís Graça.

Outros subscritores: Sara Madruga da Costa (PSD).

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