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II SÉRIE-B — NÚMERO 55

8

PROJETO DE VOTO N.º 543/XVI/1.ª

DE PESAR PELO FALECIMENTO DE FILIPE MANUEL DA SILVA ABREU

(Texto inicial)

Filipe Manuel da Silva Abreu nasceu a 24 de julho de 1947, em Paços de Ferreira, filho de Henrique Abreu

e Deolinda Silva. Era o que hoje se chamaria uma família numerosa. Eram 11 irmãos. O avô paterno, Eduardo

de Abreu, foi Deputado no período monárquico e na I República. O tio paterno, Miguel de Abreu, foi Deputado

na Assembleia Constituinte e na Assembleia Nacional e Governador Civil de Braga.

O pai, exilado político e opositor de Salazar, transmitiu a Filipe os valores da democracia e da liberdade de

expressão. A vocação política de Filipe Abreu era-lhe inata.

A carreira no turismo e hotelaria começou no Hotel Turismo da Guarda, mas cedo rumou ao Algarve, com

apenas 20 anos, para o Hotel Algarve, na Praia da Rocha.

Assumiu-se político por inteiro, social-democrata, humanista, personalista, interclassista, tolerante, mas

determinado. Rejeitou o medo e desafiou o comodismo. Entusiasta de Francisco Sá Carneiro, já desde o tempo

da Ala Liberal, aderiu ao PPD/PSD a 28 de agosto de 1974 e foi, por isso, seu fundador no Algarve.

Frontal, com destemor físico e coragem moral, personalidade vertical, de princípios e de valores, bateu-se

galhardamente na rua pela democracia e pelo pluralismo nos tempos mais desafiantes de entorses

revolucionárias sonhados em Portugal.

Foi com Filipe Abreu à cabeça que teve lugar a 1.ª Festa do Pontal, com Francisco Sá Carneiro, em 29 de

agosto de 1976. É, por isso, fundador de uma das mais importantes e perenes manifestações de cariz partidário

no nosso País.

Exerceu destacados cargos como dirigente partidário do PPD/PSD a nível local em Portimão, a nível distrital

e ao nível nacional.

Foi Deputado à Assembleia da República durante cerca de nove anos, nas V, VI e VII Legislaturas, entre

1987 e 1995, onde se destacou pela intrépida defesa do Algarve e dos algarvios.

Viveu os últimos 25 anos com uma saúde muito debilitada. Ainda assim, conservou luminoso o sentido cívico,

a docilidade no trato e o entusiasmo em construir o futuro. Quando o corpo esmorecia, o espírito reluzia.

Assim, a Assembleia da República, reunida em Plenário, expressa o seu profundo pesar pela morte de Filipe

Manuel da Silva Abreu Ricardo e endereça à sua família e amigos os mais sentidos pêsames.

Palácio de São Bento, 29 de janeiro de 2025.

(Substituição do texto inicial a pedido do autor)

Filipe Manuel da Silva Abreu nasceu a 24 de julho de 1947, em Paços de Ferreira, filho de Henrique Abreu

e Deolinda Silva.

O pai, exilado político e opositor de Salazar, transmitiu a Filipe os valores da democracia e da liberdade de

expressão. A vocação política de Filipe Abreu era-lhe inata.

Assumiu-se político por inteiro, social-democrata, humanista, personalista, interclassista, tolerante, mas

determinado. Rejeitou o medo e desafiou o comodismo. Entusiasta de Francisco Sá Carneiro, aderiu ao

PPD/PSD a 28 de agosto de 1974 e foi, por isso, seu fundador no Algarve.

Frontal, com destemor físico e coragem moral, personalidade vertical, de princípios e de valores, bateu-se

galhardamente pela democracia e pelo pluralismo nos tempos mais desafiantes de entorses revolucionárias em

Portugal.

Foi com Filipe Abreu à cabeça que teve lugar a 1.ª Festa do Pontal, com Francisco Sá Carneiro, 29 de agosto

de 1976. É, por isso, fundador de uma das mais importantes manifestações de cariz partidário no nosso País.

Exerceu destacados cargos como dirigente partidário do PPD/PSD a nível local, distrital e nacional.

Foi Deputado à Assembleia da República nas V, VI e VII Legislaturas, entre 1987 e 1995, onde se destacou