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7 DE AGOS1O DE 1991 259

cadas pelo ME, as quais dirigem, nas instalaçOesdo Centro e fora delas, cursos de português (donivel elementar ao nivel superior). No Centrorealizarn-se conferêneias, exposiçOes, recitals visando a divulgacao de cultura portuguesa. Importante tern sido tambérn a sua actividade noensino e divulgaçao da lingua portuguesa atrayes da Radio Nacional da RepUblica da Guiné-Bissau. Jnfelizmente, o tempo de ernissão disponivel é pequeno e faltam-Ihe condiçOesmateriais para a elaboracão de programas radiofónicos. Tornou-se conhecirnento dos excelentesresultados das Feiras do Livro, realizadas corno apoio do Instituto Português do Livro e daLeitura. Os resultados alcançados aconseiharn,disse-se, a realizar feiras do livro noutras localidades, além de Bissau.

Escola Portuguesa de Bissau, criada por urna associacão de pals, corn equivaléncia pedagogicareconhecida pelo ME de Portugal, a funcionarem três edificios, que visitárnos. A Escola e frequentada por alunos portugueses, franceses, guineenses, americanos, ingleses e de outras nacionalidades. São três ou seus niveis: infantil,prirnário e preparatOrio. Pensam, contudo, introduzir, em breve o correspondente ao nosso3.° ciclo do ensino básico. A Escola tern urncontrato de associação corn o ME de Portugal.Forarn apontados dificuldades, sobretudo no dominio de recrutamento de professores, dado queo oriundos de Portugal nern sempre se adaptarnou se conformam corn as condiçoes tInanceirasoferecidas pela Associação. Dai o recrutarnentode portugueses residentes em Bissau ou de professores guineenses formados em Portugal. Foisugerida como alias já o tinha sido pelos professores do Centro Cultural — a revisão dascondiçOes de destacarnento ou de requisição deprofessores portugueses. A Associação entregoua delegacAo urn dossier sobre as actividades desenvolvidas, de Juiho de 1989 a Marco de 1991.

2.6 — Fora de Bissau, são de registar as seguintesdeslocaçoes da delegaçao:

Bubaque: visita a Escola Artesanal de Pesca e seusanexos (estaleiro de construcao/reparacao debarcos; instalaçoes frigorIficas e de secagern;posto de venda), corn apoio dinarnarquês, e asinstalaçOes turisticas da ilha (investirnentofrances).

Bafatá: recebidos pelo coronel Saturnino, que nosentregou urna resenha histórica da cidade de Bafatá. Visitárnos urna fábrica de cerãmica, urncomplexo algodoeiro, a empresa agrIcola deCape, ‘irna grande exploraçao de iniciativa privada. A Delegaçao visitou escolas de ensino basico elementar, do ensino preparatOrio e do ensino secundário. NotOrias as dificuldadessentidas nos professores encarregados do ensinodo português e a falta de rnaterial didactico.

Cacheu: que, ha pouco tempo, cornemorou 400anos, conserva alguns testemunhos da presençade Portugal. Foi corn satisfação que soubernosser intençâo das autoridades guineenses preser

var o patrirnOnio histórico-cuitural português, noãrnbito de urn protocolo assinado corn a Secretaria da Cultura de Portugal. Trata-se da criação de urn Museu-Jardirn HistOrico, aproveitando-se 0 espaco contiguo ao veiho baluartepara colocar as estãtuas dos navegadores e deoutras figuras portuguesas ligadas ao passadohistOrico comurn aos dois povos. Visitámos,ainda, urna escola de pesca, que funciona corna cooperaçAo de técnicos portugueses.

3 — Principais conclusOes da visita:

Existe na Repdblica da Guiné-Bissau urna vontade,bern patente, de incrementar a cooperação cornPortugal, nos mais diversos dorninios;

0 actual momento de liberalização, de dernocratização de rnodernização cria boas condiçoes paraa intensificação da eooperação socio-econornicae cultural, no respeito pela identidade culturaldo povo da Guiné-Bissau;

São notOrios os esforços das autoridades guineenses no senticlo de desenvoiver a educação e ensino da popu[acão. Apesar da falta de melos humanos e rnateriais e patente a vontade dedifundir o uso da lingua portuguesa a toda apopulação. Deve, por isso, constituir prioridadepara Portugal o apoio a reforrna educativa erncurso naquele pals;

Importa aurnentar a capacidade do Ceniro Cultural Português, ern Bissau, para uma major divulgaçäo da lingua e da cultural portuguesas,dotando-o dos rneios humanos e técnicos indispensáveis;

A irnportância dos rneios audio-visuais, em especial da televisão, na difusão da lingua e cultura,exige que a RTP possa, ern boas condiçOes, atcançar a RepUblica da Guiné-Bissau, o quepossa pelo aluguer de urn satélite e pela criação,naquele Pals, de uma rede de receptores.

4 — A delegacão entende dever realcar a rnaneiracordial e amiga corno foi recebida na Repüblica daGuiné-Bissau: uma palavra especial de apreco é devidaao Presidente da Contissão de Assuntos Sociais, deEducaçao e Cultura, deputado Teobaldo Barbosa, aoDr. Venâncio Furtado, inspector-geral do Servico deSaUde, e ao deputado Bacar Fati, que sernpre nosacompanharam e esclareceram. Sublinhe-se a presençado embaixador de Portugal em Bissau, Dr. GonçalvesPedro, que recebeu a delegação a sua chegada e tevea gentileza de oferecer uma recepção a delegação, naaltura da partida. Igualrnente rnerece ser referido oapoio recebido do Dr. Matos Lernos, não so na preparação da visita rnas tarnbém no acornpanharnentoque deu nas visitas em Bissau, particularmente ao Centro Cultural e a Escola Portuguesa.

Saliente-se a cobertura dada pela comunicação socialda Repüblica da Guiné-Bissau, sobretudo pela radio etelevisao, a presença e actividades da delegação.(Anexo 2: video-cassette).

Palácio de São Bento, 25 de Juiho de 1991. —0Presidente da Cornissao, Fernando Dias de CarvaihoConceiçdo.