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II SÉRIE -C — NÚMERO 24

de científica e as comunidades em que se inserem e reforçar o sentido social e ético dos cientistas, encorajando simultaneamente a dimensão científica da cultura e a consciencialização da opinião pública.

2 — Nesta fase de arranque da FEPASC e tendo em conta as tarefas a realizar, entendeu-se apresentar as candidaturas para os órgãos sociais da Federação — direcção, assembleia geral e conselho fiscal — como solidárias e colectivamente comprometidas na execução futura deste plano de acção. As listas plurinominais apresentadas resultaram de ampla consulta aos membros da Federação e incluem representantes das ASC que mais activamente participam na comissão preparatória criada pelo 1.° Encontro das Associações e Sociedades Científicas e, mais tarde, das que integram a comissão instaladora. Pretende-se, desta forma, associar todos os que integram os órgãos sociais, para além das funções específicas que lhes incumbem de acordo com os estatutos, à execução de componentes específicas do plano de acção, assim como de outras actividades durante o período 1992-1994.

Da mesma forma, procurar-se-á envolver nestas tarefas os membros da Federação, individual ou conjuntamente, consoante as suas vocações e objectivos específicos. Para tal efeito, e como recomendado pelo 1.° Encontro das ASC, será feito um esforço especial para reforçar a cooperação e a circulação de informação entre e no interior das ASC, tendo em conta as profundas afinidades que as unem. Espera-se que daqui resulte também um estimulo à colaboração dos membros nos trabalhos da Federação.

3 — O plano de acção que submetemos à consideração da primeira assembleia da FEPASC fundamenta-se e visa pôr em prática as conclusões e recomendações do 1.° Encontro das ASC (Julho de 1989), assim como as orientações e prioridades identificadas pela comissão instaladora da Federação. Tendo em conta que o plano de acção cobre um período de três anos (1992-1994), haverá que proceder periodicamente à sua actualização com base nas orientações formuladas pela Assembleia e. quando necessário, através de consultas aos membros.

3.1 — Actividades a desenvolver

a) Mobilização de apoios financeiros, quer de entidades oficiais e privadas quer através do auto financiamento, tanto por quotização dos associados como por iniciativas próprias (prioridade);

b) Continuação das diligências visando a atribuição de uma sede para a Federação que sirva simultaneamente de «casa comum» e ponto de apoio logístico das ASC e estruturação do secretariado (prioridade);

c) Promoção do crescimento e reforço da acção da FEPASC através do alargamento das suas bases de apoio. Com este fim será dada ampla divulgação entre os membros e as associações e sociedades científicas portuguesas das iniciativas da Federação e dos seus associados. Serão ainda apoiadas, desde que solicitado e as condições o permitam, iniciativas das ASC, independentemente de serem associadas da FEPASC;

d) Serão desenvolvidos todos os esforços de modo que a Federação e as ASC sejam reconhecidas como interlocutores qualificados do poder políti-cx)-aümiiiistrativo ao nível das questões directamente relacionadas com a ciência, a educação, a ética e a deontologia Entrar-se-á em negociação com as entidades apropriadas com vista a uma

adequada representação da comunidade científica nos órgãos consultivos nacionais ou sectoriais, nomeadamente: Conselho Superior da Educação, Conselho Superior de Ciência e Tecnologia, Conselho Consultivo da JNICT, Conselho Nacional de Bioética, assim como outros órgãos equivalentes;

e) Como meio de contacto entre 2s ASC, será lançada uma «Folha informativa da FEPASC», que não só servirá de veículo de informação das actividades da Federação como de comunicação das ASC sobre problemas e temáticas comuns. Será ainda publicado um directório actualizado das associações e sociedades científicas portuguesas, a rever periodicamente;

f) Fomento da colaboração entre ASC a nívei nacional e europeu, nomeadamente com vista a troca de experiências e iniciativas de interesse mútuo. Entre outras, estudar-se-á a viabilidade da publicação e divulgação de revistas científicas especializadas ou de carácter interdisciplinar, à escala europeia e no âmbito de redes de cooperação;

g) Colaboração em programas de divulgação científica, tanto na rádio como na televisão, sob a forma que for entendida mais conveniente. Explo-rar-se-á também a possibilidade de colaborar com a Universidade Aberta neste domínio;

h) Promoção e colaboração em actividades visando a informação e consciencialização dos cidadãos aos aspectos éticos e sociais da ciência;

0 Promoção da ligação da FEPASC a organismos congéneres de carácter internacional. Será colocado especial empenho na colaboração com as ASC dos países de expressão oficial portuguesa. Simultaneamente, serão desenvolvidas diligências no sentido de estabelecer, quancio apropriado, canais de comunicação com os organismos da CEE, do Conselho da Europa, da UNESCO, assim como de organizações não governamentais, nos domínios de interesse da Federação;

f) Serão organizados colóquios/seminários, entre outros:

i) «A comunidade científica e o poder» (Fundação Gulbenkian, Maio de 1992);

ii) «Formulação e valor do 'oarecer científico'» (1993);

í) Organização, em 1993, como acção conjunta da Federação e das ASC, de um Encontro Nacional sobre Ciência e Tecnologia. Com este fim procurar-se-á obter a colaboração dos órgãos de soberania, das universidades e laboratórios de Estado, do sector empresarial, das comissões de coordenação regional e de outras entidades apropriadas e mobilizar o apoio de fundações e mecenato;

m) Encorajar a criação de um observatório nacional de ciência e estudar as modalidades de colaboração da comunidade científica no seu funcionamento.

22 de Novembro de 1991.