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15 DE ABRIL DE 1993

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Museu de Soares dos Reis;

Museu de Ciências (Faculdade de Ciências).

Apoios sociais aos alunos: IASE;

Ensino integrado.

Fora da Escola e nas imediações os alunos têm acesso a um mundo de actividades que os desviam da acção escolar e podem contribuir para actividades marginais.

Nível social e económico das famílias — muito diversificado, de acordo com a frequência desta Escola que, como já referimos, tem tradições especiais na cidade.

Caracterização da Escola:

Escola especial (projecto especial); Ano de construção — 1933 (tempo da ditadura nacional);

Lotação prevista — 900 alunos;

Estado de conservação — há zonas muito degradadas, mas os equipamentos educacionais têm vindo a tentar recuperar, o que é ainda insuficiente.

Vedação — é toda vedada mas também funcionam outros serviços (ISCEF e ensino integrado).

Permissão de saídas — embora tivessem sido feitas várias tentativas, não foi possível controlar convenientemente, devido à lotação da frequência e à diversidade de horários.

Espaços de recreio — existem sala de lazer e espaços abertos.

Frequência

Número de alunos — cerca de 4500; Horários:

Diurno;

Nocturno;

Misto;

Número de turmas:

Diurno — 81; Nocturno — 71;

Há alunos com apoio social e pedagógico (dislexia); Número de professores efectivos — 217; Número de professores provisórios — 77.

Actividades de tempos livres: Sala de jogos;

Computadores (Projecto MINERVA);

Jornal O Rodriguinho;

Teatro.

Associação de pais — em formação há dois anos. Associação de estudantes — existe, com actividade própria, e colabora com o conselho directivo. Colaboração com a comunidade:

Junta de Freguesia tem dado todo o apoio; Câmara Municipal do Porto — pelouro da educação

e pelouro do ambiente (tratamento dos jardins); Família (reuniões com os pais, apesar de não existir

uma associação de pais).

Segurança:

Entrada na Escola — controlo deficiente, por escassez de meios humanos;

Excesso de alunos; Falta de pessoal auxiliar,

O parque automóvel (que por vezes nada tem a ver com a Escola) devia ser só da Escola o que facilitava o acesso à Escola por parte dos profissionais e alunos;

Guardas — os guardas, que se apelidam «nocturnos», trabalham das 20 às 6 horas. A Escola é sempre assaltada durante os fins-de-semana e feriados em horário de dia. Seria mais eficiente se a lei deixasse de mencionar a palavra «nocturnos» e apenas dissesse «guardas», o que permitiria que pudessem ser utilizados noutros períodos considerados de maior risco. Este pessoal nega-se a trabalhar em períodos que não sejam os da noite;

Droga — o conselho directivo teve algum cuidado na abordagem deste tema, considerando que é por vezes delicado. Todos os casos que apareceram foram detectados com o cuidado que mereciam;

Prostituição — ultimamente tem-se verificado um melhor controlo deste problema. A boa colaboração com outras entidades permite à Escola estar atenta.

Escola do Bairro de São Tomé, Porto. — Presentes nesta visita os parlamentares, o delegado escolar da zona, a subdirectora regional de Educação do Norte, o presidente da Junta de Freguesia de Paranhos, acompanhado de dois elementos do executivo, e o corpo docente da Escola.

Esta Escola está situada numa zona com graves problemas sociais, como a droga e a prostituição. Não fora a dedicação do corpo docente, teríamos elevadas taxas de insucesso e de absentismo. Há, no entanto, dois casos que pela sua gravidade salientamos. Um garoto de 11 anos que já necessita de 2 g de droga diária e um outro mais velho na cadeia de Custóias. O Bairro tem no seu interior excessivo tráfico de droga, a maioria das crianças não têm família são filhos de mães solteiras, que convivem com vários homens, a quem os miúdos chamam «pais». Uma miúda de 13 anos, que frequenta a Escola acompanha a mãe na prostituição e por essa razão raras vezes frequenta a Escola da parte da manhã.

Das 23 crianças de 6 anos que frequentam a Escola só 3 têm pai e mãe, as outras são oriundas de famílias desagregadas.

Segurança — as crianças são assaltadas à saída da Escola aliciadas para a droga (5 e 6 anos drogam-se com colas). Os traficantes residem no próprio Bairro.

Esta zona de Paranhos é muito vulnerável a vários riscos. A Junta vai iniciar um programa de sensibilização da toxicodependência que é pioneiro no País e é essencialmente vocacionado para a população escolar de todos os graus de ensino.

Colaboração com a comunidade:

Junta de Freguesia;

Câmara Municipal do Porto;

PSP de Paranhos tem prestado todo o apoio à Escola sempre que solicitada;

Empresas da freguesia têm dotado a Escola de material destinado à ocupação dos tempos livres das crianças.

Frequência — a Escola tem 210 alunos e ensino especial com deficientes profundos.

A dedicação do corpo docente prende a criança à Escola üra-a da rua e ocupa-a durante todo o dia.