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II SÉRIE-C — NÚMERO 24

O concelho de Paços de Ferreira não tem problemas graves a registar, a não ser o caso concreto do Paulo, que se encontra por agora solucionado. Contribuíram para a .sua resolução o corpo docente da Escola, a Câmara Municipal de Paços de Ferreira e a Associação de Pais. Este esforço de vontades permitiu pôr termo a um caso que já assumia alguma gravidade, pelos constantes distúrbios na relação escola-comunidade.

Tanto a Associação de Pais como o corpo docente mostraram alguma preocupação em relação aos dois irmãos do Paulo, que consideram ser duas crianças de risco, devido ao convívio com a mãe, motivadora de graves perturbações na família. A mãe leva uma vida «irregular», cuja instabilidade é transmitida aos filhos. Por outro lado, os dois irmãos olham o Paulo como um «herói», porque teve «coragem» para protagonizar. A directora da Escola sugeriu que as entidades competentes dessem desde já especial atenção a estas duas crianças antes que houvesse necessidade de tomar outras medidas, como aconteceu com o Paulo.

A Associação de Pais está também preocupada, porque teme que possam voltar a surgir casos de instabilidade que afectem a vida escolar e a segurança dos filhos.

A Escola de Eiriz está bem conservada, há uma excelente relação com as autarquias (Junta e Câmara Municipal), assim como com as empresas do concelho, que participam na vida da Escola, ajudando na aquisição de material didáctico e custeando algumas visitas de estudo.

A Escola pertence áo plano P3 do ano de 1979 e tem seis turmas num total de 110 alunos, a funcionar em regime normal. Uma sala está cedida ao pré-escolar, que a Escola apoia, pois considera que o pré-primário é fundamental ao sucesso escolar da criança na escolaridade obrigatória. São 50 os alunos beneficiados com apoios sociais e a todos é diariamente servido um complemento alimentar. Não tem taxas de abandono e o insucesso escolar é mais notório na 1.* fase. O corpo docente é formado por duas professoras efectivas, duas provisórias e um contratada Não há actividades extra-escolares por dificuldades de ordem financeira.

A Associação de Pais, que só existe depois que surgiram os problemas relacionados com o Paulo, declarou haver uma excelente colaboração comi a Escola, que as crianças são bem tratadas e lamenta que todos os anos os filhos conheçam novos professores, originando por vezes problemas de adaptação tanto às crianças como aos professores, o que prejudica o sucesso na escola. Considera que o sistema de colaboração dos professores não serve nem o professor nem a criança.

Situação escolar do concelho de Paços de Ferreira. — Este concelho tem cinco escolas de intervenção prioritária—Freamunde, Seroa Gil de Ferreira e Modelos. São escolas com bairros sociais ha zona envolvente, baixo nível cultural e instabilidade económica das famílias.

O concelho tem uma população escolar de 8300 estudantes, assim distribuídos:

Pré-primário — 400, Básico — 3800; Preparatório — 2100; Secundário —2000.

É aspiração da autarquia conseguir, nas salas devolutas do básico, instalar o pré-primário em todo o concelho.

Escola Primária do Bairro vl» Viso, concelho do Por-(o, — Presentes na visita, para além da delegação par-

lamentar, o director escolar do distrito, o delegado escolar da zona, e o corpo docente da Escola. O edifício é de 1979, «importa uma população escolar de 600 alunos, está muito bem conservado, tem espaços livres e a vedação é segura. Actualmente é frequentada por 255 alunos, tem graves problemas de insucesso, que só não é alarmante porque todos os dias as auxiliares de educação vão buscar alunos a casa. Não há associação de pais e a comunidade envolvente é de baixo nível social e económico. Cerca de 20 % de crianças são abandonadas e no ano lectivo anterior só 3 % de crianças tinham família constituída. A maioria são filhos de mães solteiras, que as abandonam, são entregues aos avós ou a amas, que por sua vez não as cuidam convenientemente. A Escola tenta suprir estas lacunas, retendo o mais possível a criança na Escola em actividades extracurriculares. Tem cantina bem equipada, e um grande número de crianças são beneficiadas.

Existe uma excelente colaboração com as autarquias (Junta e Câmara), a Escola tem telefone, que é suportado pela Junta de Freguesia, e os passeios escolares têm sempre o apoio da Câmara. A Junta promove actividades entre as escolas da freguesia, fomentando o convívio das crianças e tentando esbater as assimetrias sociais existentes.

A maior preocupação manifestada pela directora desta Escola é relacionada com um curso nocturno, que desestabiliza muito a manutenção do edifício escolar e está a causar grandes perturbações na vida da escola.

Os assaltos à Escola são feitos pelos próprios alunos, fora das horas lectivas.

A directora, para tentar que fosse a comunidade a defender a Escola, abriu-a a várias actividades sociais e recreativas, sensibilizando a comunidade para a necessidade de ela também colaborar na sua defesa e preservação.

Dia 6 de Maio do 1992

Escola Secundária de Rodrigues de Freitas, Porto. — Presentes a esta visita a delegação parlamentar, o director e a subdirectora Regional de Educação do Norte, o presidente do conselho directivo da Escola e o Sr. Major Par-racho, da Secretaria de Estado dos Recursos Educativos, encarregado da segurança na Escola.

Esta Escola Secundaria, com grandes tradições na cidade do Porto, e ainda hoje considerada como um referencial na vida escolar portuense, merece uma análise especial.

1 — Caracterização sócio-cultural:

Muito diversificada;

Zona de ribeira (baixo nível social);

Zona circundante à Escola (nível social elevado).

Há uma certa procura desta Escola e são muitas as famílias que desejam que os filhos a frequentem.

2 — Acesso à Escola muito alargado. Há alunos de Vila Nova de Gaia, Maia Matosinhos, etc.

Incidentes:

Droga e álcool — não detectados na Escola;

Assaltos com danificação de material — a entrada de elementos estranhos é responsável por esses assaltos.

Recursos culturais e educativos:

A Escola tem uma boa biblioteca;

Museu Romântico (Câmara Municipal do Porto);