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0006 | II Série C - Número 030S | 12 de Julho de 2004

 

Tratando-se de um título de elevada dimensão (cerca de 5 mil milhões EUR), realizou-se um leilão de recompra, através do qual foram comprados 269 milhões EUR (Quadro 2), a um spread de Euribor -10 pontos base. Esta operação efectivou-se no mesmo dia da emissão de BT, potenciando a liquidez deste segmento e associadamente salientar aos investidores a existência de alternativas de investimento em outros títulos líquidos da República.
Paralelamente, o IGCP manteve disponibilidade para recomprar em base bilateral, através da funcionalidade electrónica PBB, um conjunto de OT e OTRV não sujeitas a regras de cotação obrigatória em MEDIP, resultando a recompra de 12,5 milhões EUR (Quadro 2).
Deste modo, as operações de recompra de dívida realizadas durante o 3.º trimestre, originaram a recompra de 281,5 milhões EUR, elevando para cerca de 743 milhões EUR o montante total de dívida recomprada no ano 2003 (Quadro 2).

5.1.3. Dívida a retalho e Promissórias

No 3.º trimestre, os valores de financiamento bruto e de financiamento líquido referentes aos Certificados de Aforro (considerando as duas séries) ascenderam a cerca de 430 milhões EUR e a cerca de 88 milhões EUR (Quadro 3), respectivamente, dando-se um enfoque especial às emissões que se cifraram em cerca de 310 milhões EUR (Quadro 3).

Durante o 3.º trimestre, a emissão de CEDIC ascendeu a 2613 milhões EUR (ao valor nominal e tendo por base a data de realização das transacções). Deste modo, numa base de fluxos de caixa, o financiamento líquido deste instrumento no trimestre foi cerca de 56 milhões EUR.
Por fim, no concernante a Promissórias, os resgates totalizaram cerca de 2,5 milhões EUR, enquanto que as emissões ascenderam a cerca de 5 milhões EUR.

5.2. Operações de Gestão Activa da Carteira
Em Comité de Mercados, foram definidas perspectivas para o trimestre que apontavam para um posicionamento da carteira longo no período, sendo expectável uma subida das taxas de juro ao longo dos vários prazos da curva de rendimentos. Assim, no decorrer do trimestre a carteira alterou o seu posicionamento face ao benchmark, tendo passado dum posicionamento curto no início do período para um posicionamento longo no final do mesmo.
Paralelamente, em especial na segunda metade do trimestre, foi adoptada uma estratégia que permitisse tirar partido da volatilidade do mercado e da evolução das variáveis financeiras de referência. As operações realizadas determinaram uma performance positiva da carteira em comparação com o benchmark. No total, as operações de derivados de taxa de juro contratadas atingiram o montante de 5540 milhões EUR.
No início do trimestre, como já foi referido, a carteira encontrava-se numa posição relativamente curta face ao benchmark, reflectindo a expectativa de se verificar uma correcção em baixa das taxas de juro, em consequência da subida substancial que se havia verificado num curto período de tempo (em duas semanas, a taxa euro swap a 10 anos subiu cerca de 30 p.b.).
Durante o mês de Julho, o posicionamento curto da carteira foi mantido, com a cobertura das emissões da carteira e do benchmark, recorrendo-se à contratação de swaps no montante de 900 milhões EUR nos prazos de 5 e de 10 anos. Este posicionamento curto foi anulado na primeira quinzena de Agosto. Nesta altura, foram novamente contratados swaps para neutralizar o impacto sobre o diferencial de duração das emissões do benchmark. Tendo subjacente uma perspectiva de subida de taxas associada à reunião da Fed (à semelhança das reuniões anteriores), foi decidido alongar o posicionamento relativo da carteira, de modo a tirar partido desta expectativa, tendo sido contratados sensivelmente 1000 milhões EUR de swaps.
Num período marcado pela fraca liquidez e pela ausência de movimentos significativos, foi considerado existir uma elevada probabilidade de se verificar uma subida de taxas no início do mês de Setembro, associada à melhoria das perspectivas económicas e a factores técnicos, pelo que foi decidido aumentar o posicionamento longo da carteira no bucket dos 10 anos no montante de 350 milhões EUR. Com a confirmação desta expectativa a mesma foi anulada, e aproveitando esta subida de taxas foi decidido igualmente efectuar o resgate de outro swap na mesma maturidade, ficando a carteira apenas marginalmente longa face ao benchmark.
No decorrer do mês de Setembro, uma vez que os fundamentals e as expectativas de actuação dos bancos centrais não se alteraram, foi decidido aproveitar um movimento de descida de taxas para alongar o posicionamento da carteira, contratando novos swaps pelo valor total 500 milhões EUR.
Por outro lado, no âmbito da cobertura do risco cambial associado à emissão de dívida em moeda externa foram ainda contratados derivados (swaps de taxa de câmbio de curto prazo) no montante de 775 milhões USD, referentes à emissão de ECP em dólares.
Deste modo, durante o trimestre em apreço, o IGCP contratou mais de 6000 milhões EUR em operações de derivados, relacionadas com a gestão activa da carteira de dívida e com a cobertura do risco cambial.

5.3. Movimento e saldo da dívida pública

O saldo da dívida directa do Estado no final do trimestre, apurado na óptica da contabilidade pública, ao valor nominal e a câmbios correntes, ascendia a cerca de 83 032 milhões EUR (Quadro 4), registando um aumento em cerca de 2393 milhões EUR relativamente ao valor observado no final do trimestre anterior, ou seja, uma variação de 3 por cento. Assim, nos primeiros três trimestres de 2003, a dívida directa do Estado aumentou 3557 milhões de EUR. Se tivermos em conta o disposto no artigo 60.º da Lei n.º 32-B/2002 (OE'2003), que para 2003 consagra o aumento do endividamento líquido global directo até ao máximo de 5959,1 milhões de EUR, conclui-se que somente 59,7% deste valor foi utilizado. Logo, se considerarmos uma evolução linear ao longo do ano, este valor situa-se claramente abaixo de 75%, o que parece ser positivo.