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0004 | II Série C - Número 046 | 08 de Abril de 2006

 

Abordou a questão energética, referindo a enorme dependência da UE e a necessidade de uma abordagem global, a necessidade de uma política europeia de energia.
Quanto à questão da directiva dos serviços, será um bom teste para a UE criar um verdadeiro mercado com exigências de um estado social.
A situação económica é hoje melhor do que há um ano atrás, existe um crescimento de 2%, abaixo do crescimento dos EUA; referiu que a concorrência se faz entre continentes e que espaços emergentes como a China e a Índia fazem forte concorrência. Referiu que, quando comparados com os EUA, a economia deste país também apresenta fortes desequilíbrios, que caminha num sentido que não é o que queremos.
A Europa quer um crescimento com coesão social, estes valores têm que ser compatíveis.
A Aplicação dos Planos de Acção Nacionais têm que ser compatibilizadas, têm que ser medidos durante a sua aplicação, referindo que este encontro vem num bom momento, pois é preciso ter em conta as críticas e as reticências que cada um dos parlamentos coloca, é preciso ouvir para fazer melhor.
A Estratégia de Lisboa, para ser eficaz, tem que ser apropriada pelos países, pelas regiões, pelos empresários, pelos cidadãos, os europeus querem mais Europa e já perceberam que, cada país sozinho não consegue competir num mundo globalizado.
Andreas Khol referiu que a Estratégia de Lisboa é um desafio extraordinário, em 2000 tínhamos muitos planos, muitos propósitos, mas não nos tornámos no espaço mais dinâmico, países como a China e os EUA, estão mais pujantes.
Os "moinhos estão a funcionar mas não se vê a farinha a sair deles", ditado alemão citado, e a descrença deriva do facto de não se ter visto crescimento do emprego e, este crescimento mitigado, esta insistência na crise, dá como resultado o agravamento da confiança; a verdade é que implantámos Shengen, o Euro, fizemos o maior alargamento da história da UE, como tal temos que ter a capacidade para executar o processo de Lisboa, necessidade de as acções serem lançadas de uma forma transparente, que os cidadãos percebam, discutidas com os actores, criando a esperança nos cidadãos de que é possível criar empregos, através do crescimento económico.
M. Wolfgang Schussel referiu que se vive uma situação interessante, embora se viva um distanciamento entre cidadão e instituições, verificam-se ao mesmo tempo sinais de recuperação da conjuntura; 1% de crescimento económico poderá representar dois milhões de novos empregos, há que criar um ambiente mais optimista junto dos consumidores.
Quanto à Estratégia de Lisboa, depois dos 25 planos de acção apresentados, todos sabemos o que temos de fazer, resulta da análise dos planos que, se um país isolado fizer um esforço de aplicação do plano, poderá crescer 10%, se todos aplicarem os seus planos, o mesmo país, poderá crescer 14%, há um efeito multiplicador que deriva da dinâmica do mercado interno.
O projecto conjunto será a mais valia e terá que assentar em três vectores, crescimento económico, coesão social e responsabilidade ambiental; terá que haver um benchmarking entre os 25.
Efectuou uma comparação entre os vários planos de acção e elencou as situações que estão no topo das preocupações.
Referiu que entre os objectivos da Estratégia de Lisboa está o investimento de 3% em I&D, estamos nos 2,5%, se crescermos 0,5%, podemos aplicar 40 mil milhões de euros adicionais em I&D o que terá forçosamente um efeito positivo. É preciso reforçar a ligação universidade - empresa.
Realçou o papel das PME, onde trabalham 75 milhões de pessoas, a necessidade de reforçar o apoio.
Quanto à questão energética esta tem que ser encarada como europeia, não é uma questão de cada um dos Estados-membros. Há que ter menos dependência de um fornecedor, diversificação das redes, eficiência energética, incentivar as energias renováveis.
Finalizou dizendo que, no ano das comemorações dos 250 anos do nascimento de Mozart, o som da Europa tem que ser harmonioso, a Europa tem que ser popular, é preciso explicar bem aos cidadãos o nosso modelo (european way of life), é preciso "utilizar a técnica da flauta mágica".
Nas respostas, referiu que Europa é do tamanho do Texas, não temos que ter medo da globalização, é preciso agarrar o dragão e domá-lo para o colocar a nosso favor, sendo a confiança a palavra chave.
José Manuel Barroso, a intervenção mais esperada, saudou o encontro consagrado à Estratégia de Lisboa renovada para o crescimento e o emprego, realçando que esta passou a ser a principal acção da Comissão, referindo que os PPNN são o ponto de contacto indispensável.
Lançou um segundo apelo, que os PPNN participem, desde já, na aceleração das reformas e na concretização em factos, pois não há tempo a perder.
Realçou a importância do Conselho Informal de Hampton Court de Outubro de 2005, na convergência demonstrada para responder aos desafios da globalização e do envelhecimento da nossa população preservando a base dos valores comuns da Europa; permitiu pôr em relevo a pertinência da dimensão europeia para enfrentar os grandes desafios; conjugar energias para agir em conjunto em domínios prioritários como a investigação, as universidades, a demografia e a energia; são também as alavancas em que nos devemos apoiar para criar crescimento e emprego, bem como o entendimento quanto às perspectivas financeiras para 2007/2013.