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e do próprio Ministério Público directamente. Não tenho conhecimento nem de uma coisa nem de outra.
Sobre a testemunha já referi.
Quanto às declarações que referiu sobre a BT - penso que é o último tema -, não faço ideia das declarações que foram proferidas pela Sr.ª Dr.ª Maria José Morgado. O que quero dizer sobre este processo é que - aliás, consta do comunicado mas não sei se VV. Ex.as tiveram conhecimento do comunicado - foi uma operação extremamente complexa que envolveu não só a DCICCEF mas também a DCIT, a DCCB, o DIC de Leiria, o DIC de Setúbal, o DIC de Aveiro, a Directoria de Coimbra, a Directoria de Lisboa, que já referi, teve um espectacular - permito-me aqui referi-lo e ainda hoje de manhã agradeci ao Sr. Comandante Geral da Guarda Nacional Republicana -, um intenso acompanhamento, na fase final, por parte da Guarda Nacional Republicana, aliás, por isso é que a operação correu de tal maneira expedita, de tal maneira fluída, de tal maneira sem criar nenhuma animosidade que foi possível executar uma coisa desta complexidade até às 17 horas de ontem. Até às 17 horas ou 17h 30m a operação estava concluída, o que, como devem calcular, me encheu, a mim e ao Sr. General, de grande regozijo.
"De quem é o mérito?", pergunta-me o Sr. Deputado. O mérito, obviamente, é da direcção que faz este trabalho, da direcção de combate a este tipo de crime, da subdirectora que está lá actualmente, do director nacional adjunto que também lá está agora, do coordenador, que é um homem, nesta matéria, de uma experiência notável, de uma capacidade de organização notável, que é o Sr. Dr. Calado, da sua capacidade de liderança, de todos os coordenadores, dos inspectores-chefes, dos inspectores, de toda aquela gente. Isto movimentou mais de uma centena de pessoas, todas elas coibidas com missões aferidas.
O Ministério Público definiu a operação, porque, obviamente, vamos lá a ver… Continuo a dizer a mesma coisa, porque estou a estranhar como é que é possível manter esta ilusão. Primeiro que tudo, uma estrutura destas tem de ter as pessoas lá e tem de ter muita experiência. Ninguém sabe de polícia tanto como eles. Quem é lá posto a dirigir isto não sabe de polícia. Eu tenho 30 anos disto e não sei investigar nada no terreno. Primeira questão.
Segunda questão: eles estão lá, fazem disto a vida deles, têm uma estrutura, têm uma cultura muito própria. Um coordenador superior impõe-se pelos seus conhecimentos acrescidos; o coordenador impõe-se pela experiência que adquiriu ao longo da vida; os inspectores-chefes chegam àquele lugar porque têm um endosso de experiência, um endosso de conhecimentos que impõem sobre os inspectores; os inspectores ou são bem formados ou mal formados pelo Instituto. Tudo isto funciona como funciona qualquer outra estrutura especializada. Portanto, esta gente está lá, sempre lá esteve e estará. Pode entrar hoje um director, outro amanhã e outro depois, que esta marcha, permitam-me que o diga, não é muito significativa, porque o que lá está, o núcleo, esse núcleo duro é que produz as coisas.
No caso concreto, o mérito é dessa estrutura, de toda a gente que nela colaborou e do Ministério Público, por amor de Deus. Então, quem dirige, quem tutela a investigação?! Quem é que decidiu, há uma semana ou duas atrás, a mancha de operações que iam ser feitas no local?! Não foi o Ministério Público?! Não foi o Ministério Público, que propôs as buscas, que propôs também, há dias, as detenções?! Não foi ele que escolheu… Ouvi também dizer, não sei onde, que eu, eu, representante da Polícia Judiciária, então, estava para carregar no botão para a operação ser ontem ou antes de ontem e disse: "Não, não! Vai ser amanhã! Não! Vai ser ontem!". Eu, então, é que sou… Faço aquela figura trágica de carregar no botão - estava a lembrar-me daquele filme antigo, d'O Rato que Ruge - e, então, eu é que decido quando é que é, se é amanhã, se é depois, quando isto é uma operação imensa e é o Ministério Público que determina, na fase final da sua execução. Então, eu é que vou intervir, no sentido de ser amanhã ou depois, ontem ou antes de ontem?! Eu, Director Nacional?! Quer dizer, a gargalhada seria tão grande que partia os vidros daquela casa! Eu não me conseguia impor numa decisão dessas! Repare: havia recusa no cumprimento de uma decisão dessas!
Portanto, quanto a saber de quem é o mérito, já o disse da outra vez e continuo a dizer, o mérito é da Polícia Judiciária, da sua estrutura global de investigação, da sua estrutura de apoio de investigação. O Departamento de Perícia Financeira e Contabilística esteve ontem empenhado nisto globalmente. Todos os departamentos, nomeadamente a DCICCEF, deslocaram dezenas de homens para isto.
À primeira vez que isso acontece, uma coisa que me gratifica especialmente é esta irmandade entre uma direcção central, outra direcção central e outra direcção central. Todos eles contribuíram, de boa vontade, ontem, na fase final da execução, para o cumprimento da operação. Não houve aqui o chamar da camisola: "Eu sou da DCCB"; "Eu sou da CDICCEF"; "Eu sou da DCITE".
Todos eles intervieram, como eu disse. Devem intervir, quando é necessário intervir. Todos eles devem congregar esforços para intervir. Não deve haver aqui clubismos, nem capelinhas, nem coisas desgarradas, nem castelos com as pontes levantadas. Ontem, interveio toda esta estrutura, interveio a directoria de Lisboa, interveio a directoria de Coimbra, intervieram os departamentos de investigação criminal, que eu já referi - de Setúbal, de Aveiro e de Leiria. Toda esta gente colaborou. Toda esta gente é da Polícia Judiciária.
De quem foi o mérito? Foi da Polícia Judiciária. Quem teve a capacidade de organizar isto tudo, no fim? Foi o Ministério Público. Quem teve a hombridade de assumir o facilitamento e a rapidez de execução da operação foi o Sr. Comandante, a Guarda Nacional Republicana e a Brigada de Trânsito, tão interessadas como a Polícia Judiciária, nesta fase, em colmatar e pôr termo, em termos de indiciários, obviamente, ao que parece ser…
Porque, como disse aqui ao Sr. Deputado Francisco Louçã (que não está aqui), detesto a figura do protagonista, detesto que alguém venha dizer: "Eu fiz isto, capturei este homem", ou traga o homem e o exiba, ou vá a correr, quando o homem é apresentado em tribunal, para ficar na fotografia com o homem a entrar no tribunal por trás. Detesto essa função. Considero deprimente haver quem assuma que é um caçador de presas e que tem de estar presente na altura em que o homem amachucado, humilhado entra em tribunal; altura em que ainda é presumivelmente inocente e sempre presumivelmente inocente até o trânsito em julgado do sentença. Mesmo nessa altura já a campanha é feita para o destruir, porque conseguiu-se obter um grande êxito e aquele homem é previamente condenado em termos dos media.
Considero que isso é um escândalo e que deve ser evitado. Pela minha parte, enquanto estiver na Polícia Judiciária,