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O Sr. Dr. Adelino Salvado: - Não, não! Quando tentou o quê?

O Sr. Alberto Martins (PS): - No mesmo dia, julgo eu, ao fim da tarde, às 17 horas, a Sr.ª Dr.ª Maria José Morgado ter-lhe-á mandado um fax e, quando falou com o Sr. Director Nacional pelo telefone, ter-lhe-á perguntado o que tinha corrido mal e V. Ex.ª…

O Sr. Dr. Adelino Salvado: - Tinha corrido mal o quê?

O Sr. Alberto Martins (PS): - O que tinha corrido mal para levar à demissão dela!

O Sr. Dr. Adelino Salvado: - Ah!…

O Sr. Alberto Martins (PS): - E V. Ex.ª ter-lhe-á dito: "Não me massacre a mim nem a si, pergunte aos seus colegas". E, depois disto, nunca mais a atendeu, o que, manifestamente…

O Sr. Dr. Adelino Salvado: - O que tinha corrido mal, pergunte a quem?!

O Sr. Alberto Martins (PS): - "Não me massacre a mim nem a si, pergunte aos seus colegas".

O Sr. Dr. Adelino Salvado: - Quais colegas?

O Sr. Alberto Martins (PS): - Gostaria que V. Ex.ª me esclarecesse também sobre isso!

O Sr. Dr. Adelino Salvado: - Não! V. Ex.ª vai-me permitir, porque é a primeira vez que estou a ouvir essas palavras.

O Sr. Alberto Martins (PS): - Compreenderá que eu não sei quem são os colegas. O Sr. Desembargador está em melhor condição para saber…

O Sr. Dr. Adelino Salvado: - Não, não!

O Sr. Alberto Martins (PS): - A questão que lhe quero colocar é se a Dr.ª Maria José Morgado foi pressionada a ser demitida por V. Ex.ª. Digamos, formalmente, usando a verdade material e a verdade formal, a verdade material é que foi V. Ex.ª que a demitiu e a verdade formal ou processual é que foi ela que se demitiu. É a questão que está em cima da mesa, em função das declarações dela e dos esclarecimentos anteriores de V. Ex.ª.

O Sr. Dr. Adelino Salvado: - Posso responder a essa pergunta, Sr. Deputado?

O Sr. Alberto Martins (PS): - Sr. Desembargador, por mim… Eu tenho outras perguntas a fazer, mas por mim…

O Sr. Presidente: - Sr. Director Nacional, preferia, para não demorarmos demasiado a intervenção do Sr. Deputado Alberto Martins, que ele pudesse concluir o conjunto de questões que tem para colocar. Penso que a parte das perguntas relativa ao Dr. Pedro da Cunha Lopes já está concluída e que agora estamos no segundo bloco de perguntas. O Sr. Deputado podia terminar e depois o Sr. Director Nacional responderia em bloco.

O Sr. Alberto Martins (PS): - Sr. Presidente, é como V. Ex.ª entender dirigir os trabalhos. Por mim, a disponibilidade é total.

O Sr. Presidente: - Para não atrasar as intervenções dos outros Srs. Deputados, preferia que o Sr. Deputado concluísse.

O Sr. Alberto Martins (PS): - Muito obrigado, Sr. Presidente. Assim farei.
Outra questão que foi colocada e que resultou um pouco dos esclarecimentos que ontem foram aqui trazidos à Comissão tem a ver com as escutas telefónicas. As escutas telefónicas - V. Ex.ª sabe isso bem melhor do que eu - é uma matéria muito sensível, muito complexa...

O Sr. Dr. Adelino Salvado: - Eu...

O Sr. Alberto Martins (PS): - As escutas telefónicas a que as notícias publicadas n'O Independente...

O Sr. Dr. Adelino Salvado: - Ah, não as fiz eu...

O Sr. Alberto Martins (PS): - Não, não, escutas ilegais...

O Sr. Dr. Adelino Salvado: - Não me está a imputar nenhum facto, pois não?

O Sr. Alberto Martins (PS): - Não, não...

O Sr. Dr. Adelino Salvado: - É que eu estou à espera de ouvir factos e ainda não ouvi facto nenhum.

O Sr. Alberto Martins (PS): - Sr. Director Nacional, tudo isto são factos. Podem ser factos verdadeiros ou falsos, mas são factos. E, segundo os depoentes anteriores, são factos e muito consistentes.
Que V. Ex.ª considere que são inconsistentes, é uma interpretação... O nosso papel, aqui, é saber se os factos são consistentes ou não. E temos, para já, três depoimentos em que estamos a apurar a consistência dos factos...

O Sr. Dr. Adelino Salvado: - Sr. Deputado, até agora V. Ex.ª só me está a referir coisas que outras pessoas dizem… Factos, em si mesmo, não refere nenhum.

O Sr. Alberto Martins (PS): - Sr. Desembargador, eu não faço juízos sobre o que V. Ex.ª me está a dizer. Eu até podia dizer também que o que V. Ex.ª me está a dizer é absolutamente contraditório, que está a perder por 2-1. Não vou fazer isso.

O Sr. Presidente: - Em vez de dialogarem, peço ao Sr. Deputado Alberto Martins que conclua e ao Sr. Director Nacional que, depois, faça o favor, como entender, de apresentar as suas respostas e a sua versão das coisas.

O Sr. Alberto Martins (PS): - Vamos lá ver se nos entendemos.
Sr. Presidente, eu estou a apresentar os factos. Tenho o maior respeito pelo Sr. Director Nacional, que certamente tem o mesmo por mim, portanto vamos esclarecer as situações.