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resposta, penso que foi desse Deputado. Quanto a saber se é ou não na sala, isso não averiguei.
O que eu averiguei aqui foi sobre a presença de vários e, aliás, falei em três, não falei só nessa presença. Agora, saber se estava ou não na sala (não sei se a sala tem gravação de vídeo, mas creio que sim, porque no meu tempo tinha), a verdade é que esta é uma questão que compete perguntar ao presidente do Tribunal de Monsanto, não a mim. A verdade, também, é que o que eu averiguei, o que eu informei, foi aquilo que eu disse há pouco e não altero aquilo que eu disse.

O Sr. Presidente: - Muito obrigado, Sr. Director Nacional.

O Sr. Alberto Martins (PS): - Sr. Presidente, peço a palavra.

O Sr. Presidente: - O Dr. Alberto Martins já interveio duas vezes, mas peço, então, que seja muito breve.

O Sr. Alberto Martins (PS): - Sr. Presidente, eu queria clarificar o seguinte: gostaria de dizer ao Sr. Director Nacional que não tenho qualquer prejuízo no seu depoimento, não tenho qualquer reserva mental. Espero que o Sr. Director não tenha também reserva mental, relativamente ao nosso papel, aqui, na Comissão, por isso agradeço-lhe os seus esclarecimentos.
A única dúvida que me ficou do seu depoimento, independentemente do juízo que faça sobre o seu contributo ao nosso apuramento, é a do telefonema, o famigerado telefonema, onde terá dito "esta noite não dormi" ou "dormi mal" - V. Ex.ª já fez uma alusão a isso, até com graça, que se reconhece - "mas vou mudar isto de alto a baixo. Já sei que a Sr.ª Directora não vai concordar, está liberta do nosso compromisso". Estou a citar, portanto o Sr. Director fará o favor de reconhecer que não estou a aludir a factos novos. Estou a citar. E com a experiência que V. Ex.ª tem, sabe que nos julgamentos as partes - e as partes, aqui, somos todos nós e V. Ex.ª também, e o julgador é o colectivo, se é que se pode assim chamar -, citam, às vezes, ipsis verbis, como elemento da verdade.
A dúvida que lhe coloco é a seguinte: depois desse telefonema, a Sr.ª Procuradora Geral Ajunta diz que esse telefonema é uma forma de dizer: "Você está despedida!". Ora, a minha dúvida é a de saber se V. Ex.ª o fez, porque eu fiquei com a ideia de que a tinha "despedido", independentemente do lado formal. É só esta a dúvida que se mantém no meu espírito.
Peço-lhe desculpa, por repetir as perguntas mas, pronto, nós também estamos já habituados a ouvir, repetidas, as respostas, e eu gostaria que V. Ex.ª pudesse precisar esta questão.
Muito obrigado, Sr. Desembargador! Muito obrigado, Sr. Presidente!

O Sr. Presidente: - Para responder, tem a palavra, Sr. Director Nacional.

O Sr. Dr. Adelino Salvado: - Realmente, sobre essas palavras, não tenho essa memória. Há pouco, disse ou disseram que eu tinha "mal dormido" ou "bem dormido". Bom, não me recordo desses telefonemas…
A temática não versou sobre a forma como eu tinha dormido, mas sobre o que tinha acontecido no dia anterior, naquela reunião em que esteve a DCICCEF representada pela Subdirectora e sobre os problemas daquela investigação que estava nesse tempo a ser mais apressada, que era a relacionada com o ilícito da natureza de não pagamento de imposto de IVA e de imposto sobre o consumo de um determinado produto na zona norte do País.
Quanto a este processo, não posso falar, porque está em segredo de justiça, por isso vão-me perdoar que não fale sobre o que é que aconteceu nessa matéria nem sobre o teor da conversa. A seu tempo, esse processo há-de ser aberto e a ver-se-á qual foi a minha intervenção nele.
Mas continuo a dizer - tenho que dizer isto não sei quantas vezes mais, vão perguntar-me certamente mais vezes! - que não houve pressões exercidas por mim sobre a Sr.ª Dr.ª Maria José Morgado! Da visão que tenho sobre a personalidade dela, não é pessoa para aceitar qualquer pressão.
VV. Ex.as podem julgar que ela é pressionável e que eu sou o pressionador. Não é verdade, não entendo assim, eu não tomei qualquer pressão sobre ela. Continuo, encarecidamente a dizer que as razões estão expressas neste documento que fiz chegar à Comissão, comungo com ele, subscrevo exactamente as questões que estão aí ditas. A Sr.ª Dr.ª Maria José Morgado disse que "os motivos que deram origem ao meu pedido de demissão, relacionam-se, única e exclusivamente, com as questões de estratégia operacional, respeitantes à organização desta Direcção Central".
Repudiamos veementemente, ela e eu - se me permitam que me associe! -, toda e qualquer intromissão de natureza política, nomeadamente, a que é feita por operadores políticos (e permitam-me que eu acrescente), nomeadamente a que tem sido feito por certos órgãos de comunicação social, a qual nos é inteiramente estranha.
Comungo disto, não há aqui qualquer pressão, há um pedido de cessação de comissão de serviço, perfeitamente idóneo, perfeitamente correcto, que, aliás, acontecem todos os dias neste País!

O Sr. Presidente: - Tem a palavra o Sr. Deputado Jorge Neto.

O Sr. Osvaldo Castro (PS): - Sr. Presidente, peço a palavra só para interpelar a mesa.

O Sr. Presidente: - Faça favor, Sr. Deputado.

O Sr. Osvaldo Castro (PS): - Sr. Presidente, acontece que são 13,38 horas. O Sr. Desembargador já disse - e, como é óbvio, pode fumar-se um cigarro, pois, obviamente, tem o cinzeiro à frente - uma questão de solidariedade minha!
Mas também já disse que precisava de almoçar, até porque (enfim, espero não estar a revelar qualquer inconfidência) me disse, há pouco, antes desta sessão começar que não costuma tomar o pequeno-almoço. Portanto, certamente, precisa de almoçar.
Como V. Ex.ª bem sabe, Sr. Presidente, estão inscritos, além do Sr. Deputado Jorge Neto…

O Sr. Presidente: - Sr. Deputado, eu já percebi onde quer chegar… Não vale a pena perdermos mais tempo, Sr. Deputado.