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específico a nenhum deles, nem sequer ao Dr. Teodoro Jacinto. Falámos sobre o que iria ser, nomeadamente porque está lá um grande amigo meu, que é o Dr. Mário Mendes, que foi Director da Polícia Judiciária e que, portanto, é uma pessoa privilegiada para me aconselhar nesta matéria.
Houve uma, duas ou três reuniões porque estava ali perto. Nessa altura, eu ainda estava no Tribunal da Boa Hora, e estamos na fase inicial da minha campanha para esta "via sacra". A verdade é que falámos, discutimos, falámos sobre as perspectivas do que seria a Polícia Judiciária, obtive informações notáveis do meu amigo Dr. Mário Mendes sobre pessoas que poderiam ser contactadas para Coimbra, para a zona que ele conhece bem, porque ele é da zona de Aveiro. Não fiz qualquer convite directo a ninguém, nem sequer ao Dr. Teodoro Jacinto. Só muito mais tarde é que, perante a possibilidade iminente do Dr. Ferreira Antunes pedir a reforma, fiz um convite directo ao Dr. Teodoro Jacinto.
As conversas que houve no Centro de Estudos Judiciários tiveram quase sempre a presença destas três ou quatro pessoas que estão naquele núcleo de direcção, do Mário Mendes, do Teodoro Jacinto, do outro director de estudos ou seja o que for, já não me recordo bem, porque conheço mal a estrutura orgânica do Centro de Estudos Judiciários.
A primeira fotografia minha que aparece nos jornais, é à porta do Centro de Estudos Judiciários, porque houve um jornalista… Ao fim e ao cabo, é muito difícil escapar-lhes, porque o jornalista aparece e tira uma fotografia. É a primeira fotografia que aparece, porque eu detesto aparecer em fotografias nos jornais, porque coíbe a vida das pessoas. Mas foi nesse momento. Pode ser configurado quando é que isso aconteceu. Essa fotografia que aparece, salvo erro, no Público ou no Diário de Notícias marca realmente essa conversa, uma dessas conversas que houve lá no Centro de Estudos Judiciários.
Quanto ao mais, estou à dispor de VV. Ex.as para o que quiserem.

O Sr. Presidente: - Muito obrigado, Sr. Director Nacional.
Tem a palavra o Sr. Deputado Alberto Martins.

O Sr. Alberto Martins (PS): - Sr. Desembargador, creio, portanto, que posso concluir que o mandato de captura internacional não era de execução imediata.

O Sr. Dr. Adelino Salvado: - Desculpe, Sr. Deputado?

O Sr. Alberto Martins (PS): - Posso concluir que o mandato de captura internacional não era de execução imediata.

O Sr. Dr. Adelino Salvado: - Pode ter classificações de prioridades diferentes pela Interpol.

O Sr. Alberto Martins (PS): - Portanto, posso concluir isso, que não era de execução imediata?

O Sr. Dr. Adelino Salvado: - Se V. Ex.ª quiser, faço chegar cá o mandato…

O Sr. Alberto Martins (PS): - Sim, senhor. Muito obrigado.

O Sr. Dr. Adelino Salvado: - … e, então, analisará qual foi a classificação dada.

O Sr. Alberto Martins (PS): - Muito obrigado, Sr. Desembargador.
Então, se me permite, continuarei com as outras questões…

O Sr. Dr. Adelino Salvado: - Se o Sr. Presidente me permitir, até porque tenho interesse em esclarecer essa matéria, e penso que V. Ex.ª também terá, como o mandato não é uma peça essencial nem de quebra de segredo de justiça, pode formular o pedido ao Ministério Público para que envie a cópia do mandato.

O Sr. Alberto Martins (PS): - Penso que a matéria é relevante. Muito obrigado pela sugestão.
Sr. Desembargador, volto, então, às questões que estava a formular e atenho-me, mais uma vez, à matéria de facto - entenda-se os depoimentos que nos foram factualmente prestados sobre um conjunto de questões que estão aqui em evidência.
A primeira questão tem a ver com o pedido de demissão da Dr.ª Maria José Morgado. Segundo ela - e disse-nos aqui muito expressamente, volto a citar, e espero que o Sr. Desembargador não fique perturbado com a citação… Quanto à citação anterior não fui eu o seu autor, apenas a reproduzi, por razões óbvias, pela forma carregada como era enunciada a questão do esterco, nada tenho a ver com a matéria, como compreenderá.
Uma noite o Sr. Director Nacional ter-lhe-á telefonado, penso que numa segunda-feira - e nessa esta noite ela disse que não dormiu ou dormiu mal até a pensar nisso -, a dizer-lhe: "Vou mudar isto tudo de alto a baixo, já sei que a Sr.ª Directora não vai concordar. Está liberta do nosso compromisso". E qual era o compromisso? O compromisso era um compromisso assumido pelo Sr. Desembargador com ela, por pressões que terá havido antes da sua tomada de posse como Director Nacional, em que lhe terá pedido: "Aconteça o que acontecer, fará parte da minha direcção. Não diga 'não'. Recuso-me a tomar posse da direcção sem si". Isto é: V. Ex.ª, segundo o depoimento da Dr.ª Maria José Morgado, fez depender a sua tomada de posse como Director Nacional da aceitação da Dr.ª Maria José Morgado, porque presume-se e foi dito várias vezes - e eu dispenso-me de mais citações sobre este ponto - que teria havido pressões da Sr.ª Ministra da Justiça, que não gostava da Sr.ª Dr.ª Maria José Morgado.
E, então, terá dito: "Como personalidade de prestígio, V. Ex.ª peça a demissão. Tenho já uma pessoa para a substituir de perfil idêntico". E a Dr.ª Maria José Morgado terá dito: "Redijo já o meu pedido de demissão". Isto é: o pedido de demissão foi feito, por sugestão, se quiser, por pressão, do Sr. Director Nacional. Quando tentou saber se o fax já tinha sido enviado, porque ainda não o tinha recebido, a Dr.ª Maria José Morgado ter-lhe-á perguntado o que é que tinha corrido mal e V. Ex.ª terá respondido nas palavras dela: "Não me massacre a mim nem a si, pergunte aos seus colegas".

O Sr. Dr. Adelino Salvado: - Desculpe, eu não percebi a última parte.

O Sr. Alberto Martins (PS): - Não me massacre…