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9 | - Número: 013 | 12 de Janeiro de 2008


Informou que as agências noticiosas disponibilizam todos os dias 150 itens diferentes e que uma imprensa mais livre é sempre incómoda, por isso há censura e também é por isso que no Iraque já foram mortos 95 jornalistas e feridos 87.
Falou, por fim, Nadjat Ismael Anzour, sírio e director de cinema, que comentou o que o Sr. Khader dissera sobre a falta de preparação do mundo árabe para falar com o ocidente, tendo exemplificado que produzira uma série de programas que tinham tido sucesso no mundo árabe, que alguns tinham sido exportados, que fizera um programa com uma família árabe a ser vítima de um ataque terrorista e que discutira os ataques terroristas de Londres com uma família árabe.
Na sua opinião, é preciso ir às raízes do problema e, ao contrário do que o ocidente sustenta, que a Síria é um país terrorista, há em Damasco diversas irmandades com povos de diversas religiões.
Aberto o debate, usou da palavra o Deputado estonio Raivo Járvi, que falou do cartoon dinamarquês e do sueco em que Maomé aparecia como um cão. Defendeu os media livres, mas com educação.
Referiu que a religião é tolerante e que o Islão está a avançar para o fundamentalismo, pelo que todos temos de combater isso.
A Deputada egípcia Amai Othman ripostou que sempre houve tolerância, mas que o problema é o controlo do petróleo, tendo enfatizado que aí não há diálogo mas, sim, agressividade e ódio.
Apelou, por isso à Fundação Anna Lindh para restaurar esse diálogo.
A Deputada egípcia Ibtisam Mikhail disse que devia haver um canal de TV Euro-Med que produzisse programas que fossem pontes entre os povos, pois é preciso educar, conversar, discutir e encorajar encontros.
A Deputada holandesa ao Parlamento Europeu Lídia Geringer de Oedenberg informou que já trabalhara na TV holandesa sobre a cultura e a arte europeias e questionou como é que a Al Jazeera era financiada, se era privada ou se vivia só da publicidade.
O Deputado sírio Salim Zaccur defendeu que os árabes têm um profundo respeito para com todos os povos, mesmo os euro-mediterrânicos, mas que os governos têm cometido erros, sobretudo o americano.
A Deputada francesa ao Parlamento Europeu Beatice Patrie referiu que, na sua opinião, houve um fenómeno que mudou tudo: a guerra do Líbano no Verão de 2006. Até então via-se a guerra só de um lado: ou de Israel ou do Líbano.
Acha que Israel perdeu a guerra nos media, com o massacre e as famílias a fugirem e que se confundem os europeus com os americanos.
Opina que a União Europeia, no âmbito da política de boa vizinhança, devia ter um media para a bacia do Mediterrâneo.
A Deputada turca Zeynep Dagi expressou o seu agradecimento à Al Jazeera, pois é através deste canal que consegue saber mais do que se passa no Médio Oriente.
O Deputado sírio Fahima Arus apelou aos ministros da informação no sentido de proporcionarem uma melhor educação e um melhor ambiente.
O Deputado francês Jean Claude Guibar questionou o que é a identidade mediterrânica.
O Deputado espanhol ao Parlamento Europeu Carnero Gonzalez afirmou a sua concordância com a Deputada Beatrice Patrie, mas não com o que pensam os europeus sobre os árabes.
Exemplificou que, em Espanha, não há actividades racistas, mesmo depois do brutal ataque terrorista de 11 de Março.
Na sua opinião, a União Europeia devia apoiar mais os canais de televisão e de cinema que se preocupassem com a aliança de civilizações.
O Deputado sírio Al-Ghubari defendeu a existência de um canal de TV Euro-Med para discutir temas comuns.
O Deputado marroquino Mohamed Ansari falou do impacto que os canais de TV por satélite têm na vida diária e realçou que a iliteracia aumenta assustadoramente no sul do Mediterrâneo, onde a emigração constitui um problema gravíssimo, dado que os pobres pensam que os países do norte do Mediterrâneo ficam onde o paraíso começa.
O Sr. Samir Khader, da Al Jazeera, referiu que o seu canal gosta imenso de falar da música, que têm 72 correspondentes em todo o mundo e que o seu trabalho é cultural, pois tentam mostrar às pessoas que há coisas diferentes no mundo.
Acrescentou que o orçamento é suportado 50% pela publicidade e os outros 50% pelo governo do Qatar, tal como a BBC em Inglaterra.
Na sua opinião, até ver, a Al Jazeera é independente, pois está lá a trabalhar há já 10 anos e nunca recebeu uma única ordem.
Pensa que ainda não há uma identidade mediterrânica, que se esforça para que a sua informação chegue às pessoas da rua, mesmo às iletradas, e que é preciso dar mais voz à população árabe feminina.
O Sr. Anzour, da Síria, garantiu que, no seu país, se produz TV com altos padrões de qualidade e que se dá uma visão independente da vida diária.
A escritora Donatella Delia Ratta afirmou que emitir a Euronews em árabe era o pior que se podia fazer e perguntou como é que se podia competir com a Al Jazeera, que tem um orçamento de 60 milhões/ano, com um orçamento de apenas 2 milhões/ano, razão pela qual defendeu a existência de um Código de Ética nos media.