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4 | - Número: 038 | 26 de Julho de 2008

A OMS convida ainda os Estados do Mediterrâneo a ter em consideração o trabalho efectivo já realizado por outras instituições parlamentares e internacionais, como a Declaração de Argel (Maio de 1990), a Carta Mediterrânica da Água, adoptada em Roma em 1992, a Primeira Conferência Euro-Mediterrânica sobre a Gestão Local da Água (Marselha, Novembro de 1996), o Primeiro Fórum Mundial da Água (Marraquexe, 1997), a sexta sessão plenária da Comissão das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável (Nova Iorque, 1998), a Conferência Ministerial Euro-Mediterrânica sobre a Gestão Local da Água em Turim (1999) e o Fórum Mundial da Água que se realizou em Haia, em Março de 2000.
Todos estes trabalhos envidam esforços no domínio da água à escala nacional e internacional. Graças a métodos como o financiamento para desenvolver novas técnicas de manipulação dos recursos alternativos e para aperfeiçoar as técnicas actuais (dessalinização da água do mar, procedimentos ligados às águas residuais, etc.), que se baseiam no trabalho realizado por outros organismos e reforçam o interesse comum de preservar os recursos hídricos, a APM apoia todas as iniciativas que visem a gestão eficaz dos recursos regionais actuais.
A APM insta, igualmente, a região a utilizar os métodos previamente estabelecidos, que têm como objectivo o aumento da segurança dos abastecimentos de água no mundo, provendo a Região Mediterrânica de um sentido apurado da comunidade, baseado em interesses partilhados mutuamente.
De que forma poderemos todos contribuir, em parceria com os governos e as sociedades civis, para uma gestão eficaz dos recursos hídricos? Quais serão as estratégias nacionais, mas também regionais, a adoptar a médio e longo prazo para que a gestão da água – fenómeno de discórdia – se transforme numa mais-valia para o futuro da região? Em nome do Presidente da APM, Senhor Abdelwahid Radi, e em meu nome pessoal, desejo aos delegados aqui presentes que trabalhem tendo em mente que o seu contributo não será fútil, mas ajudará a favorecer a coabitação pacífica entre os povos do Mediterrâneo e a criar, hoje e no futuro, uma região integrada e próspera.
Agradeço a vossa atenção.»

De seguida, o Sr. Deputado José Junqueiro deu a palavra à Senadora Paulette Brispierre (França) que apresentou o relatório sobre «A gestão integrada de recursos». O documento apresentado realçou a importância que a água tem na vida das populações em geral e na região do Mediterrâneo em particular, pela escassez que afecta alguns territórios. A questão da procura e da oferta de água e a necessidade de gestão dessa procura foram outros dos tópicos referidos.
A concluir a sua intervenção, a Senadora P. Brispierre referiu o perigo que a redução das fontes de água poderá significar ao nível da segurança alimentar e das tensões entre os Estados da região mediterrânica e destacou a importância de se desenvolverem determinadas inovações tecnológicas já iniciadas por alguns países, por exemplo o processo de dessalinização da água do mar.
Após a análise do relatório, o Presidente da Mesa introduziu o orador seguinte, o Sr. Jan Sadlak, Director da UNESCO-CEPES (Centro Europeu de Ensino Superior, criado em 1972 com sede em Bucareste com a missão de promover a cooperação internacional no domínio do ensino superior). Na sua intervenção o Sr.
Sadlak considerou que os parlamentares são o terceiro poder e como tal é importante que fomentem a interacção entre si e com os respectivos governos. Destacou a grande vantagem do Simpósio juntar pessoas das mais diversas áreas, como industriais, académicos e parlamentares, o que enriquece o debate e a partilha de experiências nestas matérias da gestão de recursos em geral e da água em particular. Neste mesmo sentido apelou à intensificação dos contactos entre as duas margens do mediterrâneo, no sentido de se alcançar um melhor conhecimento de ambas as realidades.
De seguida, foi a vez do Sr. Raoul Caruba, Director da UNESCO – NU, fazer uma apresentação sobre os recursos da água na Bacia do Mediterrâneo na qual destacou a questão da partilha dos mares, referindo que essa partilha e conservação é um problema de todos nós. Considerou ainda como muito importante para a evolução do Simpósio o facto da organização este ano contar com a participação de membros da APM que assistiram ao lançamento do documento estratégico sobre a gestão da água «L’Appel de Cannes».
Após estas intervenções o Presidente da Mesa, Sr. Deputado José Junqueiro abriu o período de debate.
Destacam-se, neste âmbito, as intervenções dos participantes das seguintes delegações: