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8 | - Número: 027 | 9 de Maio de 2009

directa pelo colapso da bolha financeira. Em 2008, fizeram prova de uma boa capacidade de resistência que permitiu taxas de crescimento notáveis. Contudo, também irão entrar numa nova fase porque a crise transmitir-se-á através de várias formas: a redução no envio de dinheiro pelos emigrantes, a redução das exportações e dos rendimentos do turismo e o atraso nos investimentos. Apresentou seguidamente o papel do BEI e, em especial da Facilidade Euro-Mediterrânico de Investimento e de Parceria (FEMIP), principal parceiro financeiro dos países mediterrânicos. De acordo com o Vice-Presidente do BEI, ajudar a região do Mediterrâneo a fazer frente aos desafios terá um impacto directo na actividade económica e na estabilidade na Europa.
Durante o debate que seguiu, numerosos deputados dos países parceiros mediterrâneos defenderam que a crise os tocava particularmente e essa era uma consequência de erros cometidos pelos países do norte.
Manifestaram o receio de novos proteccionismos e de um atraso na aplicação dos projectos concebidos no âmbito da UpM. Pediram nomeadamente aos países do norte para facilitarem a mobilidade das pessoas na bacia do Mar Mediterrâneo.

b) A situação no médio oriente O Presidente do Parlamento Europeu, Hans Pottering, fez uma síntese da visita da delegação de Alto-Nível da APEM ao Médio Oriente, efectuada com a participação dos quatro presidentes das comissões permanentes. Mencionou os diferentes interlocutores encontrados e referiu as conclusões da missão: – os pontos de passagem devem ser abertos de forma permanente e supervisionados por uma presença internacional; – um governo palestiniano de consenso dever ser reconhecido pela comunidade internacional; – o exclusivo desenvolvimento económico da Palestina não é suficiente: a solução de dois Estados é a única solução que trará a paz; – a APEM apoia o inquérito efectuado pelas Nações Unidas.

Javier Solana, o Alto Representando para a PESC, desejou que 2009 seja um ano de progressos para a paz. Falou da frustração pelo que se passou em Gaza, tanto mais além das infra-estruturas terem sido destruídas totalmente, também aconteceu o mesmo ao tecido social. A conferência de Sharm-el-Sheik representou, para Solana, um compromisso não meramente económico. Entre os resultados a atingir, mencionou o cessar-fogo permanente, abertura dos pontos de passagem a fim de permitir a reconstrução, a criação de um governo de consenso e a aposta no processo eleitoral antes do fim Janeiro de 2010. Solana apelou ainda à reconciliação dentro da Liga árabe e ao estabelecimento da paz entre os países árabes e Israel. Quanto ao futuro governo israelita, disse de esperar que se comprometa com a solução de dois Estados.
A Comissária Ferrero-Waldner, Comissária para as Relações Externas, recordou que a UpM se baseia no processo de Barcelona e sobre o que foi alcançado no âmbito da política de vizinhança. Os projectos que preconizam devem beneficiar a população, mas não podem ser realizados num vazio político. A APEM pode desempenhar um papel significativo estimulando o executivo. Quanto ao papel da Comissão, recordou o seu trabalho com a Liga árabe e os financiamentos em prol dos palestinianos. A propósito da situação política, sublinhou a necessidade que ambas as partes se envolvam, verdadeiramente, no estabelecimento da paz.
Durante o debate que se seguiu, o comportamento de Israel foi objecto de condenações repetidas. Vários deputados insistiram na necessidade de Israel assumir a sua responsabilidade pela destruição causada, como pelas violações do direito internacional e do direito internacional humanitário. Alguns, como o Deputado Pariu (Malta), pediram para se parar de tratar Israel como um Estado acima do direito internacional. O Deputado Sanduka (Palestina) acusou a UE de incitar Israel em vez de a sancionar.
A Deputada Napoletano (PSE), apoiada pelo Deputado Hammerstein (Verdes/Alemanha), constatou que a guerra não destruiu o Hamas: pelo contrário, enfraqueceu os moderados e reforçou os extremistas. Para o Deputado Hammerstein, basicamente, Israel é adverso à paz; para a Deputada Napoletano, apesar das suas declarações públicas, Israel faz tudo para resistir à solução de dois Estados. Para Deputada Napoletano e a