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8 | - Número: 038 | 19 de Maio de 2012

mulheres. As nossas sociedades devem potenciar o mérito e o bem-estar. Acima de qualquer teoria do mínimo ético, encontra-se o princípio da dignidade em vida. Cada homem tem uma responsabilidade sobre o outro, particularmente no que se refere aos mais vulneráveis e desprotegidos.
Finalmente, os Estados desempenham um papel ativo na promoção da cooperação internacional, na defesa da paz – bem, frequentemente, esquecido! – na solidariedade entre os povos. As organizações internacionais, como é o caso das Nações Unidas, têm um papel insubstituível na busca de soluções pacíficas para os conflitos.
Aqui junto às margens do Lago Vitória, uma massa de água praticamente do tamanho da Irlanda, gostaria que refletíssemos sobre a metáfora de todos os braços de água do Mundo.
O Lago Vitória é uma maravilha do nosso Planeta Azul. É um recurso partilhado pelo Uganda, Tanzânia e Quénia. É um ponto de união e de comunicação: para pescadores, turistas, habitantes locais, com as suas ilhas e arquipélagos. Ora, a vida no Planeta resulta desse sentimento de união genuína.
A interdependência entre os Estados, as transações transfronteiriças de bens e de serviços, os fluxos internacionais de capitais, a universalização das redes tecnológicas, de transportes e de comunicação, enfim, a globalização fabricou um modelo onde não há pontos de referência fixos e isolados. Há apenas pontos de partilha.
Os problemas dos nossos vizinhos são também nossos problemas. Os problemas de uns são os problemas de todos.
As alterações climáticas, os sistemas de transportes, a produção e o consumo, os recursos naturais, a saúde pública, a inclusão social e os fenómenos demográficos, a pobreza são temas transversais, à escala.
Não adianta fingir o contrário.
Não nos podemos esquecer que foi da necessidade em evitar a eclosão de uma terceira guerra mundial que se aprofundou o comércio internacional.
Embora o primeiro tratado de internacionalização do comércio remonte a 2500 a.C., apenas no final da II Guerra Mundial é que assistimos à institucionalização das relações económicas internacionais, com a criação de organizações económicas internacionais de vocação mundial: o FMI, o Banco Mundial, o GATT e a OMC.
O neurocientista António Damásio, português de genes, americano de trabalho, e cidadão do mundo por causa da sua entrega Ciência, tem-se dedicado à investigação sobre o cérebro, as emoções e a consciência.
Damásio dá-nos a seguinte definição: "A consciência é, com efeito, a chave para uma vida examinada, para o melhor e para o pior; é a certidão que nos permite tudo conhecer sobre a fome, a sede, o sexo, as lágrimas, o riso, os murros e os pontapés, o fluxo de imagens a que chamamos pensamento, os sentimentos, as palavras, as histórias, as crenças, a música e a poesia, a felicidade e o êxtase. A consciência, no seu plano mais simples e básico, permite-nos reconhecer o impulso irresistível para conservar a vida e desenvolver um interesse por si mesmo. A consciência, no seu plano mais complexo e elaborado, ajuda-nos a desenvolver um interesse por outros si mesmos e a cultivar a arte de viver‖.
Cada ser humano vive um tempo na História [e Tempus fugit!]. Um tempo que podemos considerar irrepetível.
Nunca como hoje tantos seres humanos viveram no Planeta. E nunca como hoje conhecemos a dimensão da responsabilidade que recai sobre os nossos ombros. De que nos valerá a consciência, se um dia não existir o Mundo?‖

No final do debate, o Presidente da Comissão nomeou um Comité de Redação que posteriormente apresentou uma versão final da proposta de resolução. Esta foi adotada por consenso e submetida ao Plenário que a aprovou por unanimidade (anexo II – Resoluções).

Terceira Comissão Permanente – Democracia e Direitos Humanos: ―O acesso á saõde como um direito básico: o papel de parlamentos na resposta aos desafios colocados á segurança na saõde de mulheres e crianças‖.