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II SÉRIE-D — NÚMERO 13

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se o equilíbrio na resposta às ameaças da guerra híbrida e do combate ao terrorismo. Disse também que temos

de ter projetos mais visíveis e de trabalhar no terreno, investindo na segurança da UE e dos vizinhos e de adotar

políticas comuns, porque as atuais não são eficazes, designadamente na luta contra a propaganda da Rússia.

Acabou a dizer que não precisamos de mais think tanks mas de steel tanks; Ioan MirceaPascu (Vice-Presidente

do PE) – referiu que nas relações UE-NATO o problema é eliminar a suspeição em relação aos americanos em

benefício da autonomia estratégica, pois não temos capacidade de tomar decisões e não as tomamos sem os

americanos –; Norica Nicolai (Parlamento Europeu) – que disse que a CEP não é sobre “compras” e que a

CEP resulta da necessidade de ter uma resposta comum. Referiu as notícias falsas como uma ameaça

importante, que é barata, mas pode ter efeitos desastrosos para os quais a UE precisa de ter um plano comum

–; Todor Tagarev – defendeu quea UEdeve ser transparente e que têm de ser usados conceitos comuns,

métodos de planeamento, procedimentos, coordenação. Por outro lado, tem de empreender a discussão sobre

níveis de ambição para a defesa do território, operações no exterior, zonas cinzentas, operações ciber, híbridas

e de contra terrorismo, etc. Isto não soluciona o problema, mas elimina a suspeição e contribui para um clima

mais favorável para uma discussão aberta –; Gabor Iklody – assinalou que há já vários exemplos de cooperação

UE-NATO. Referiu-se a treinos conjuntos com a NATO, que integrariam a Geórgia e a Ucrânia, bem como uma

iniciativa com a Jordânia. Alertou para a necessidade de coordenação entre os países em termos de

capacitação, tendo a UE a obrigação de reforçar a capacidade europeia industrial de base. Finalmente, disse

que a autonomia estratégica é um enorme desafio que requer constantes consultas e transparência –; Mihnea

Motoc – referiu que apropaganda russa é um problema, pois foram identificados milhares de interferências.

Disse também que os papéis da UE e da NATO não se confundem e há muitas missões que podem ser

atribuídas a um e a outro –; Rosa Brynjolfsdottir (Parlamento da Islândia) – recordou que a UE tem a paz e a

reconciliação no ADN original. Como nacional de um país neutral sem exército e membro da NATO, admite que

seria melhor resolver os problemas de forma pacífica através de serviço cívico e proceder a reformas sociais de

luta contra a pobreza, pela igualdade, contra a corrupção, mas também incentivando a literacia para os media e

a educação. Reconhece que é necessariamente vital incrementar o soft power –; Cruz Perez (Senado de

Espanha) deu conta da criação de uma comissão mista sobre cibersegurança no âmbito das Cortes Generales,

demonstrando o interesse de Espanha em melhorar a cibersegurança e a segurança coletiva da UE e a

preocupação com a guerra de desinformação e ameaças provenientes de notícias falsas –; Mihnea Motoc –

salientou que a UE tem que tornar o soft power atrativo pois é fundamental para ajudar o hard power e é preciso

combater as ameaças ciber ao nível europeu –; Boyko Noev –reconheceu também a importância do soft power,

mas reconheceu que enquanto há países que precisam de soft power há outros que precisam de hard power.

Mas compreende que possa haver outras opiniões ou perceções acerca das ameaças de segurança –; Gabor

Iklody – disse que a UE é mais que definição de capacidades, é também soft power e supremacia da lei, e que

gasta meios em ações humanitárias em desenvolvimento. Referiu-se também aos problemas da ciberdefesa,

que não são apenas dos governos, mas dos países inteiros, indústrias e empresas, pelo que deve atuar-se

coordenadamente tendo em vista um futuro tecnológico.

Sessão IV – Estado da Região do Mar Negro

A sessão foi moderada por Ian MirceaPascu, Vice-Presidente do Parlamento Europeu.

Asaf Hajiyev, Secretário-geral da Assembleia Parlamentar para a Cooperação Económica do Mar Negro

(PABSEC),começou por referir que a região do Mar Negro está na encruzilhada entre o este e o oeste e tem

uma grande importância geoestratégica e energética, mas destacou a sua população multicultural como o seu

maior ativo. Salientou que as relações da região com a Europa apresentam sérios problemas, perderam grandes

investimentos dos EUA, sofreram imensos prejuízos e danos com o terrorismo, têm mais de 5 milhões de

refugiados, e particularmente no Azerbaijão, onde uma em cada nove pessoas é refugiada. Recordou que em

2017, a Turquia acolheu a 3 milhões de refugiados, o que lhe custou 10.000 milhões de dólares, com um efeito

colateral também na região do Mar Negro. Alertou para a necessidade de os conflitos regionais serem

solucionados com maior rapidez.

Ivailo Kalfin, Assessor Especial do Comissário Oettinger e antigo Ministro dos Negócios Estrangeiros da

República da Bulgária, considerou a situação na Ucrânia uma consequência do seu desejo de mudança e de

conseguir um acordo com a UE. Em 2008, quando se tentou oferecer um plano de ação à Geórgia e à Ucrânia,

houve um debate na sede da NATO.