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13 DE ABRIL DE 2018

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terceiro lugar, no quadro de cooperação entre a UE, China e Coreia do Norte, optou por estimular o Norte a

negociar reformas e superar a dialética da Guerra Fria, e finalmente fez uma sugestão tecnológica ao propor

uma nova rota de seda, uma réplica moderna da rota do Expresso Oriente e convidou a China a investir nesta

conexão entre Istambul e Londres, o Orient Hyperloop Express, com o novo comboio que percorreria 3.000 km

em menos de 3h, o que mudaria a face do continente.

Interveio também o Sr. Deputado Pedro Mota Soares, que, evidenciando a importância da cooperação UE-

China, reconheceu que existem inúmeros desafios a ultrapassar, embora tenham sido criados vários

mecanismos para o efeito e estejam propostos outros, colocou uma a questão do papel novo banco asiático de

infraestruturas e investimentos – e na eventual possibilidade de se transformar num novo Banco Mundial -, e se,

por outro lado, os europeus deveriam participar nesta estrutura.

O painel foi de opinião que num quadro de livre concorrência, não apresentava ameaça.

Rose Brynjolfsdottir (Parlamento da Islândia), perguntou sobre o comércio na região norte da Europa e dos

transportes nessa área.

Solomon Passy incentivou o uso da influência chinesa para tentar melhorar a situação dos direitos humanos

na Coreia do Norte, e confiava em que os chineses seriam grandes aliados nessa tarefa.

Workshop A estratégia energética e conectividade dos transportes nos Balcãs Ocidentais10

Participaram neste workshop os Srs. Deputados Ascênsio Simões e António Carlos Monteiro.

Assen Agov moderou os trabalhos, tendo começado por recordar que concetividade era um termo importado

da física para o jargão da UE. Tal como na física, sem conectividade existe o vácuo. Tem de haver conectividade

para podermos viajar, encontrarmo-nos e interagir, o que, durante muitos anos, tinha sido impedido aos países

dos Balcãs ocidentais.

De seguida, deu a palavra a Goran Svilanović, Secretário-geral do Conselho de Cooperação Regional e

antigo Primeiro-ministro da Sérvia, entre 2002 e 2004.

O orador começou por agradecer o convite, bem como o empenhamento da Presidência búlgara pelo

empenhamento em dar a estes países uma perspetiva europeia. Recordou os projetos de alta conectividade

acordados em Viena, em 2015, com o apoio da Comissão Europeia.

O dinheiro de russos, chineses e europeus circula na região e todos os investimentos são bem-vindos. No

entanto, os investimentos devem ser dirigidos para os projetos de conetividade já aprovados. Referiu, ainda, a

necessidade de se investir em projetos concorrenciais e ambientalmente sustentáveis. O investimento europeu

deveria, igualmente, juntar-se aos restantes. Todos os projetos deveriam cumprir, pelo menos, dois destes

quatro requisitos.

Continuou a sua alocução, mencionando o Acordo de Trieste (julho de 2016), explicando que o Plano de

Ação para o Desenvolvimento da Área Económica Regional, então acordado entre os líderes dos países dos

Balcãs ocidentais, embora não se consubstanciasse numa união aduaneira, nem numa união económica,

constituía, ainda assim, um acordo de cooperação com o seguinte enquadramento: comércio livre;

harmonização de condições de investimento, o que gera segurança nos investidores e capta investimento

sustentável e não baseado em mão-de-obra barata e fiscalidade reduzida; promoção da região como uma zona

de investimento único; normalização das qualificações profissionais e reconhecimento mútuo de diplomas, para

facilitar a mobilidade dos profissionais. O último pilar do acordo é a vertente digital, nomeadamente através da

abolição de taxas de roaming, internet de banda larga, reforma das administrações públicas através das TIC e

outras medidas similares. Terminou, referindo que este acordo era um passo para a adesão à UE que, aliás,

muito tem apoiado a sua execução.

Seguiu-se uma alocução Zhecho Stankov, Vice-Ministro da Energia da República da Bulgária.

O orador começou por referir o grande empenho da Presidência búlgara nos diversos processos legislativos

do pacote da energia, atualmente em curso na UE. Continuou, referindo os diversos projetos de conectividade

na área, desde a Roménia, passando pela região do Cáspio. Referiu que, em agosto passado, tinha sido

constituído um grupo de trabalho para um novo interconector com a Macedónia. A Bulgária tem investido nas

redes de transporte e armazenagem de gás, diversificando os fornecedores e as fontes de energia, como

resposta a um crescente consumo.

10 Áudio da reunião em: https://parleu2018bg.bg/upload/2171/Zala7+17.02.mp3