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II SÉRIE-D — NÚMERO 13

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ainda que as opções geopolíticas dos países candidatos devem ser esclarecidas e insistiu no reforço de

cooperação EU-NATO –; MimiKodheli (Parlamento da Albânia) – deu como exemplo do avanço nas relações

de vizinhança por parte da Albânia o facto de o primeiro- ministro ter visitado Belgrado em 2014, pela primeira

vez em muitos anos e esclareceu que a Albânia e os albaneses há muito tinham escolhido os seus aliados e

defendeu a necessidade de serem construídas mais pontes para o diálogo –; Zeljana Zovko (Parlamento

Europeu) – fez referência à necessidade de reconciliação e criticou a falta de presença da UE na pacificação

dos Balcãs devendo usar a sua liderança moral também nesta situação.

A concluir o debate, intervieramnovamente Thomas Mayr-Harting – que reiterou que os Balcãs Ocidentais

fazem parte da família europeia e que a UE só estará completa quando se integrarem; reconheceu que, embora

haja limitações, terá de haver um momento para falar sobre os compromissos, que não tem sido suficiente, pelo

que ainda há muito trabalho a fazer, pois embora haja avanços positivos, nenhum dos países cumpre ainda os

critérios de Copenhaga. Recordou que o diálogo entre a Sérvia e o Kosovo, facilitado pela Alta Representante,

tem tido avanços, mas ainda há muito a fazer pois o acordo efetivo entre estes países é requisito essencial para

a adesão –; Eduard Kukan – que defendeu que os critérios são para cumprir totalmente e concordou com a

necessidade de continuar o diálogo, reconhecendo que para isso tem de haver liderança europeia, não se

podendo deixar essa responsabilidade apenas à Sérvia ou ao Kosovo, pois a liderança deve ser –; e, finalmente,

Vessela Tcherneva – queafirmou que a ampliação é do interesse estratégico da UE, e que é premente

ultrapassar o estado de inércia a que assistimos atualmente.

Workshop UE-China9

Participaram neste workshop os Srs. Deputados José Miguel Medeiros, Isabel Pires, Pedro Mota Soares e

António Filipe.

O painel foi moderado por Bisserka Benicheva, Diretora dos Assuntos Europeus na PanEuropa Bulgária,

sendo oradores principais Georg Georgiev, Vice-Ministro dos Negócios Estrangeiros da República da Bulgária,

Solomon Passy, antigo Ministro dos Negócios Estrangeiros da República da Bulgária e Presidente do Clube

Atlântico da Bulgária, e Victor Bostinaru, Membro do Parlamento Europeu para as relações com a China.

Georg Georgiev, expôs a política da Bulgária para a China e a sua evolução nos últimos anos. Defendeu a

expansão da cooperação, afirmando que é do interesse da UE investir no mercado chinês e que a China continue

a investir na Europa. Por outro lado, evidenciou o défice de diálogo e de contactos entre os povos da Europa e

da China, que tem de ser incentivado. Propôs que houvesse cimeiras de cooperação regulares.

Victor Bostinaru citou Deng Xiaoping: "Não importa se o gato é branco ou preto, se caçar ratos, é um bom

gato" e questionou se a UE poderia desempenhar o seu papel sozinha num mundo globalizado, concluindo que

não sendo possível, resta-lhe fazer alianças com aliados globais tal como a China, e reforçando esta conclusão

com referência ao contributo da Alta Representante através da Estratégia UE – China. Referiu-se ainda ao

problema nuclear e ao contributo da UE para a segurança global, em que o papel chinês é crucial. Citou o pacote

de medidas de cooperação entre a UE e a China, no qual também se deveriam trabalhar as questões de

segurança, particularmente na cibersegurança, pois ambos devem reconhecer que não há soluções mágicas e

que a China é um dos aliados necessários da UE. Recordou que, mesmo no FMI, ninguém pode ignorar o papel

de China, enquanto potência financeira e como agente estabilizador da economia global. Considerou que os

Estados-membros não deveriam celebrar contratos bilaterais com a China pois os acordos alcançados pela UE

são sempre a melhor opção para cada Estado-membro. Reconheceu, todavia, que a UE precisa de

investimentos e propôs que fossem canalizados em benefício de todos Estados-membros, não apenas de

alguns.

Solomon Passy referiu, como curiosidade, que a Bulgária foi o primeiro país a reconhecer a República

Popular China e que agora quando vai a Pequim tem visto um desenvolvimento incrível nesta cidade que se

prepara para ser a capital do mundo. Apresentou quatro sugestões práticas, em primeiro lugar, recordou que,

quando a Bulgária presidiu à OCDE, a Mongólia foi convidada a participar, o que alterou a fronteira da OCDE

colando-a à China, o que é de grande importância geoestratégica, e, portanto, sugeriu que a China fosse

convidada para se juntar à OCDE; em segundo lugar, para inovar nas relações ocidentais da China, propôs o

estabelecimento de um Conselho NATO-China, como existe com a Rússia, para aumentar a confiança; em

9 A gravação áudio do Workshop pode ser acedida em: https://parleu2018bg.bg/upload/2173/zala8+17.02.18.mp3