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13 DE ABRIL DE 2018

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afirmou que a Sérvia cumprirá todas as condições de acesso; quer continuar o diálogo com o Kosovo, mas este

não está com vontade de resolver o problema e precisa de dar passos em muitos aspetos; acrescentou que o

Kosovo não cumpre os acordos de Bruxelas, ainda que sejam parte da PESC - PCSD, e que o processo de

negociação deve ser transparente e de igual exigência para ambos –; Lubomir Zaoralek (Câmara dos

Deputados da República Checa) – manifestou o seu agrado por o alargamento ser uma prioridade, mas afirmou

que devem ser enviadas mensagens positivas e dada resposta às esperanças que foram criadas; porém tem de

se explicar aos países que se espera deles uma discussão aberta, que os critérios têm de ser cumpridos e que

o seu acordo à política europeia comum de defesa e segurança é condição fundamental para as negociações

de adesão –; Laurynas Kasciunas (Parlamento da Lituânia) reafirmou a posição política europeia de portas

abertas, mas alertou para tendências preocupantes na Sérvia, que ainda não alinhou com as sanções à Rússia

e que está em negociações no âmbito do tratado de Comércio da União Económica Euroasiática -, Andrija

Nikolic (Parlamento do Montenegro) – defendeu a estabilidade na região como base para a estratégia de

ampliação e afirmou que embora a data de 2025 seja muito ambiciosa o Montenegro vai superar os obstáculos

e cumprir as suas obrigações e, com o apoio dos Estados-membros, conseguir aderir ainda antes.

Intervieram então os oradores do painel. Eduard Kukan defendeu que todos têm de ajudar e fazer o trabalho

de casa e recordou que a OCDE tem uma opinião positiva ao alargamento aos Balcãs Ocidentais. No entanto,

para além de convencerem os seus cidadãos sobre as vantagens da integração, têm de dar exemplos de que

sabem atuar no novo contexto, de modo a que os cidadãos da UE também fiquem convencidos. E recordou

como bons exemplos a cooperação e os comportamentos responsáveis no problema da imigração, dizendo que

os países do Balcãs Ocidentais podem desempenhar um papel na política europeia. Finalizou afirmando que se

a prioridade da Sérvia é a UE é preciso escolher e tem de compreender que não pode ser ao mesmo tempo o

melhor amigo da Rússia.

Ekaterina Zaharieva recordou que na reunião dos Ministros de Negócios Estrangeiros se discutiram os

critérios de Copenhaga e as relações de vizinhança, sem o que não pode haver investimento nem

desenvolvimento económico, sendo este um dos aspetos que se deve transmitir às pessoas, convencendo-as

dos benefícios que daí advirão. Finalmente referiu a necessidade de se proceder a reformas profundas em

muitas áreas, pois a importância do comércio que os países candidatos mantêm com a Rússia e com a China é

muito superior à do que mantêm com a UE.

Thomas Mayr-Harting reconheceu que não é fácil a Europa falar a uma só voz e que cada membro

enriquece a UE pela incorporação do seu passado. Defendeu que a cooperação na estratégia comum de defesa

deve ser prioritária enquanto critério de adesão, realçando a preocupação quanto à segurança nos Balcãs

Ocidentais, em que há ameaças híbridas, radicalização, etc. e que todos estes problemas requerem cooperação,

na qual a UE se deve empenhar. Mas para além de estabilidade e de segurança os Balcãs Ocidentais têm de

reformar instituições, para o que precisam de apoio financeiro, e este deve começar logo pelo próprio Orçamento

da UE.

Seguidamente intervieram outros delegados. Eduard Koeck (Conselho Federal daÁustria) – referiu-seà

necessidade de a Bósnia implementar um Estado de Direito, de ter uma constituição e de respeitar as decisões

do Tribunal Europeu dos Direitos Humanos e evidenciou a necessidade de se desenvolverem programas de

combate ao desemprego jovem –; AndreyKovatchev (Parlamento Europeu) – afirmou que não devemos ser

hipócritas, mas sim unir esforços para convencer os cidadãos e para que as instituições atuem, pois é preciso

mais emprego para os jovens, informatização das empresas, envolvimento da opinião pública e educação digital

contra a manipulação dos cidadãos –; MiroKovac (Parlamento da Croácia) – manifestou satisfação por os

Balcãs Ocidentais serem o tema da conferência, mas que os países têm de ser funcionais, com respeito pelo

primado do Direito e pela economia de mercado; e, referindo-se à Constituição Bósnia, entende que o problema

não é a sua inexistência, mas a sua não aplicação –; Duvraka Suica (Parlamento Europeu) – disse que os

países candidatos não poderiam contar com a adesão automática e que tem de existir um clima de paz e de

cooperação, pelo que havendo três que dão problemas terá de ser equacionada a possibilidade de os apoiar na

estabilização, devendo ser este o enfoque correto –; Martijn Helvert (Câmara dos Representantes da Holanda)

- solicitou um maior apoio aos Balcãs Ocidentais no sentido da sua estabilização, sendo prioritário o cumprimento

dos critérios de adesão, e apontou 2025 como uma data indicativa –; Vel Sek (Parlamento da Polónia) – afirmou

que tem de encontrar-se uma estratégia para solucionar os problemas de reconciliação, mas que a Rússia tem

desestabilizado a região e tem de se apostar em desenvolvimento económico e mais interconexão; afirmou