O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

O primeiro passo para combater estes crimes seria, assim, "seguir o rasto do dinheiro", o que

obrigaria os países a investigarem de forma proativa a fronte do dinheiro ilícito dos grupos

criminosos e a trabalharem em conjunto partilhando informações que permitam para localizar,

perturbar e confiscar os fluxos de dinheiro. Foi mencionado que, todos os anos, as redes

criminosas privariam a sociedade de milhares de milhões de euros.

Os bens virtuais ou as moedas criptográficas, poderiam trazer muitos benefícios à sociedade,

porém, sem a regulamentação adequada, arriscariam vir a ser amplamente utilizados em muitos

crimes, incluindo fraude, resgate, branqueamento de capitais, financiamento do terrorismo e

evasão a sanções. A eficácia para combater esta criminalidade, conforme referido por Roberto

Taglia, passaria pela aplicação prática e partilhada das normas jurídicas internacionais, um sistema

integrado de administração pública e a introdução de novas barreiras legislativas e operacionais e

também pela formação da sociedade civil.

Sessão 1: A Convenção de Palermo e os seus Protocolos hoje

A primeira sessão temática, presidida por Piero de Luca, Membro da Câmara de Deputados

Italiana, foi moderada por Dherar Humaid Belhoul Al Falasi, Membro do Conselho Nacional Federal

dos Emiratos árabes Unidos (EAU) e Representante Especial da APM sobre Crianças em Conflitos

Armados. Participaram Andrea Salvoni, Responsável pelo Programa Executivo no Gabinete do

Representante Especial e Coordenador da Organização para a Segurança e Cooperação

Económica (OSCE) para o Combate ao Tráfico de Direitos Humanos e Sabah Giuma Abdelwahed

Allafi, Membro da Câmara de Representantes da Líbia.

Durante a discussão, foram identificados dois grandes desafios na luta contra o tráfico e

exploração de seres humanos: a impunidade dos traficantes e a proteção das vítimas. Em todo o

mundo, a impunidade de que os traficantes gozariam seria uma grande preocupação para a

segurança dos cidadãos. À data do evento, estimava-se que menos de 1% das vítimas de tráfico

seriam alguma vez identificadas.

De acordo com a OSCE, os lucros dos traficantes quintuplicaram em 15 anos (considerando

o ano de 2022), atingindo 150 mil milhões de dólares por ano. A má utilização de tecnologias e

plataformas online estariam a facilitar o tráfico, onde se estimava que 75% das vítimas de tráfico,

especialmente de tráfico sexual, seriam recrutadas através da internet.

"As nossas compras e escolhas criam a procura - uma força de mercado - que motiva este

crime. É tempo de confrontar a fonte do dinheiro que está a alimentar o tráfico. Ou seja,

precisamos de deixar de pagar pelo tráfico", referiu Dherar Humaid Belhoul Al Falasi que

apresentou o seu trabalho dedicado às formas e manifestações dos processos de tráfico de

II SÉRIE-D — NÚMERO 23 _______________________________________________________________________________________________________________

6