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RELATÓRIO | OBSERVATÓRIO TÉCNICO INDEPENDENTE

colaboração. Estão neste caso a Federação Portuguesa de Aeronáutica com a vigilância aérea e

a Federação Portuguesa de Cicloturismo e Utilizadores de Bicicleta com vigilância terrestre. A

avaliação rigorosa da sua possível contribuição poderia elucidar o seu impacto em evitar

comportamentos de risco por parte da população.

4.5 Instituições do Sistema Científico e Tecnológico Nacional (SCTN)

As instituições do sistema científico e tecnológico nacional não têm sido oficialmente

consideradas como componentes do sistema, apesar de a sua participação ser muitas vezes

referida ou ensaiada, mas sempre de forma descontinuada. Por isso, é de realçar a indicação da

Diretiva Única de que compete à AGIF acompanhar as ações de investigação a realizar nas

universidades, através de um laboratório colaborativo ou de outros núcleos de investigação.

Em todos os países do Mundo em que existe o problema dos incêndios florestais e em que

existe um sistema organizado de apoio à investigação científica, a ciência e tecnologia

participam ativamente com as diversas entidades, no esforço comum para minimizar o problema

dos incêndios. Em Portugal foi-se desenvolvendo, pelo menos desde o final da década de 80,

um conjunto de equipas de investigação, maioritariamente ligadas a Universidades, que com o

apoio de programas de investigação nacionais, da Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT)

e da União Europeia (EU), desenvolveram ao longo destes anos, projetos de investigação, em

geral desconexos e sem grande continuidade. Existiu um programa de apoio financiado pela

Comissão Nacional Especializada de Fogos Florestais que suportava alguns projetos de

pequena dimensão, mas este programa foi descontinuado em 2003 e desde então o tema dos

incêndios florestais deixou de constituir uma prioridade para a FCT.

Também a nível europeu o tema dos incêndios e da floresta tem sofrido grandes oscilações fruto

da variabilidade dos programas de financiamento. Ainda assim, a investigação portuguesa na

área dos incêndios é internacionalmente reconhecida, fruto de realizações como as Conferências

Internacionais sobre Investigação em Fogos Florestais promovida pela Universidade de Coimbra,

a coordenação portuguesa do maior projecto europeu nesta área, o FIRE PARADOX (Rego, et

al., 2010), e a participação de cientistas portugueses em muitos projetos, revistas internacionais

e muitos eventos nesta área.

Existem equipas de investigação com trabalho consolidado nesta área em muitas instituições do

sistema científico e tecnológico nacional, com as Universidades de Coimbra, de Trás-os-Montes

e Alto Douro, de Lisboa, de Aveiro e do Porto, Institutos Politécnicos de Coimbra, Leiria e

Bragança, e respetivos centros de investigação, incluindo também outras instituições como o

IPMA.

A componente internacional não tinha, no entanto, equivalente nacional. Num Relatório

produzido em 2013 (Viegas et al., 2013) era dito que “Apesar de existirem em Portugal entidades

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